quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Queremos Cristo, não Peixes!



     Pedro, Tiago e João estavam exaustos juntos as margens do Mar da Galileia após uma noite de trabalho sem êxito. Sem saberem, a frustração de todos estava para ter fim. Cristo entra no barco de Simão, chamado Pedro, e manda que se afaste um pouco da praia, em seguida manda que lancem as redes. Pedro evita cumprir a ordem de imediato, pois tinha consciência de que o trabalho de uma noite da sua companhia de pesca havia sido em vão, mas sob a ordem de Jesus as redes foram lançadas. O resultado não podia ser outro senão uma pesca bem sucedida sob. (Lucas 5.1-11)
Foram tantos os peixes que as redes rasgaram, eles pediram ajuda e encheram dois barcos ao ponto de quase afundarem. Mas o que mais chama a nossa atenção é primeiramente que eles entenderam quem estava com eles na pescaria, Pedro diz: “Senhor, retira-te de mim, porque sou pecador.” (Lucas 5.9). Pedro e seus amigos entenderam que Jesus era um santo que estava junto a pecadores. Em segundo lugar entendemos que o Senhor Jesus, ainda que puro, se utiliza de pecadores, os purifica e faz com que produzam frutos e lhes chamam para sejam pescadores de homens (Lucas 5.10). Em terceiro e último lugar, os três entenderam que o melhor é está ao lado de Cristo,  do que usufruir das bênçãos que se esgotam nesta vida, diz o texto: “arrastando, eles, os barcos sobre a praia, deixando tudo, o seguiram” (Lucas 5.11).
Isso nos faz nos faz pensar sobre a maneira como temos seguido a Cristo. Será que queremos apenas os “peixes” que ele tem para nos oferecer? Ou será que queremos de fato segui-lo? Seguir a Cristo significa trabalho duro; arrastar redes pesadas ao ponto de se rasgarem, arrastar barcos carregados de peixes e está pronto para deixar de lado todo esforço do trabalho a fim de caminhar junto ao Mestre. Pedro, Tiago e João disseram com suas ações: “Queremos Cristo, não peixes!”. E nos o que dizemos?
Sejamos de fato seguidores de Cristo e acumulemos tesouros no céu, que não apodrecem, onde a traça e o ferrugem não corroem. Façamos o que ele nos manda, praticando o amor, a santidade, sendo pescadores de homens, desviando-nos do mal, pondo nossas mãos no arado sem desejo de voltar atrás. 


Guilherme Barros

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Por que comemorar o Natal?




Em nossos dias é crescente o número de cristãos que rejeitam as festividades natalinas talvez por temor de estarem descumprindo algum preceito das Escrituras, ou porque dizem por aí que nos dias de Roma era uma festa pagã ao deus sol, ou ainda porque Cristo não nasceu no dia 25 de dezembro propriamente dito. No entanto, apesar de não existir nenhuma instituição bíblica para que comemoremos o nascimento do Senhor Jesus Cristo, não podemos negar o fato de o dia natalício do Menino Jesus foi completo por uma noite festiva providenciada pelo Pai. Tal festa não poderia ser mais magnífica do que homens e anjos louvando o Deus-Conosco, Emanuel.
E o anjo disse aos pastores: “Não temais; eis que vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos servirá de sinal: que encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura. E, subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo: Glória nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem” (Lucas 2.10-14).  E a festa continuou depois que os pastores encontraram Cristo e contaram tudo o que havia acontecido com eles. “Voltaram, então, os pastores glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes fora anunciado” (Lucas 2.20).
Apesar de não haver espaço para Maria dar à luz numa estalagem, o Pai providenciou um humilde coxo e de glória e de honra o encheu. Eis a excelência do natal e a resposta ao clamor de Asafe: faze resplandecer o teu rosto e seremos salvos (Salmo 80.3,7,19). O Senhor do Universo fez resplandecer a plenitude do seu ser num pequenino coxo. Deus de fato “escolheu as coisas humildes deste mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus” (1Co 1.28,29).
Este acontecimento certamente é um dia memorável e digno de honra. Não é a toa que a Palavra relata seus detalhes. Não importa se não se preservou na História o dia exato deste feito ou se os lideres romanos se utilizaram deste dia para substituir um culto pagão durante o período da cristianização do Império Romano. O importante é que destacamos um dia para lembrarmos e comemorarmos o nascimento do Menino Deus.
Não importa se os pagãos dos nossos dias cultuam os “noéis” que descem as suas   chaminés fictícias (no caso do Brasil) e se entregam ao consumismo exacerbado. Nós cristãos devemos utilizar essa data como um meio de comemorar Cristo no seu nascimento e nos alegrar sobremaneira nEle, assim como os pastores juntos ao exército de anjos fizeram. É um dia especial para que todos os crentes festejem e lembrem-se, que, pelos olhos da fé, nós vimos a salvação de Deus preparada por ele para todos os povos. É um dia para cantarmos como Simeão assim o fez (Lucas 2.29-32) ao oitavo dia do nascimento de Cristo e anunciarmos a Paz que somente possuem aqueles que amam o Salvador.
Mas para nós cristãos que essa data também sirva de renovação do nosso compromisso de proclamar ao mundo que temos paz com Deus e que seus inimigos podem gozar desta paz quando reconciliados por meio do Salvador, Jesus Cristo. “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 5.1).
Cristãos não deixem no escanteio esta tão maravilhosa festa. Antes festejemos com alegria e mostremos ao mundo a verdadeira paz que só se encontra em Cristo.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

A Pior Seca da Humanidade


Propriedade na zona rural de Manari em julho de 2012
            
“Os seus mais ilustres enviam os pequenos a buscar água; vão as cisternas, e não acham água; voltam com os seus cântaros vazios; envergonham-se e confundem-se, e cobrem as suas cabeças. Por causa da terra que se fendeu, porque não há chuva sobre a terra, os lavradores se envergonham e cobrem as suas cabeças.” (Jeremias 14.3-4 ARC)
            Faz alguns meses que o sertão nordestino padece em meio a seca que é vista como a pior dos últimos 40 anos. Tive oportunidade de ir ao sertão do estado de Pernambuco no mês de julho até a cidade de Manari (sertão do Pajeú) quando a seca ainda estava no seu estágio inicial. Apesar disso a cena já era assoladora. Animais mortos de fome e sede nas margens das estradas, açudes e barreiros vazios, terra rachada de sede e o sertanejo que àquelas alturas já clamava ao ver suas últimas reservas secarem.
            Esta situação, que já era difícil de ver, vem se tornando ainda pior. No entanto, esta não chega aos pés da pior seca espalhada sobre a humanidade, pois tal acontecimento está infiltrado e muitas vezes escondido por trás máscaras diante de nós. São vidas secas que jazem assim, quer chova em abundância quer brilhe o sol. Vidas que apesar de riqueza, fartura e prazeres são desprovidas de uma fonte de alegria e vida perene. É isso que encontraremos por onde andarmos pela face da terra.
            Por outro lado, mesmo viajando a lugares geograficamente áridos encontramos pessoas que apesar das provações e dificuldades como a falta d’água e comida são como uma “árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha...” (Salmo 1.3). Isso porque um dia eles beberam a água viva entregue pelo Senhor Jesus Cristo a eles e receberam dEle a promessa que diz: “aquele, porem, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna” (João 4.14).
            Como é bom ser tornado como uma árvore que dá frutos perenes! Como é bom ser como uma fonte a jorrar para a vida eterna!
            É como fontes a jorrar que todos aqueles, que receberam a salvação em Cristo, são chamados a viver. Precisamos servir como instrumentos produtores de vida que matam a sede daqueles que estão em volta. O dever da fonte é oferecer água ao que tem sede. Portanto, não tenhamos medo e não sejamos tímidos, pois o Senhor nos revestiu de autoridade. A sua palavra nos diz: “O SENHOR te guiará continuamente, fartará a tua alma até em lugares secos e fortificará os teus ossos; serás como um jardim regado e como um manancial cujas águas jamais faltam” (Isaías 58.11). Isto com certeza basta para nosso sustento eterno. Então, o que mais queremos? Do que mais precisamos para cumprir o nosso papel? Ele já nos deu tudo; saciou a nossa sede e nos deu descanso. Prossigamos pois, sem medo, aos lugares áridos!


Interior da casa mostrada na foto acima


quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Programa Amor & Sexo e o Pastor Esquizofrênico



Há algum tempo o Reverendo Marcos Amaral, infelizmente da Igreja Presbiteriana do Brasil, a qual eu faço parte, vem aparecendo na Rede Globo e de forma polêmica, expressando opiniões contrárias a as Escrituras e aos Símbolos de Fé.
De antemão gostaria de falar um pouco sobre o programa Amor & Sexo. Qualquer leigo que assista ao programa pode perceber intenções pecaminosas e imoralmente tendenciosas no que se diz respeito a: uso de preservativo, sexo livre, aborto, homossexualismo, feminismo, etc. Como cristãos, podemos resumir a proposta do programa com uma única expressão a demonização do amor.
O Amor só deixa de ser um demônio quando deixa de ser um Deus”, disse C.S. Lewis citando, em Os Quatro Amores, o autor moderno Denis de Rougemont. Por meio desta breve citação podemos entender que o programa eleva o amor à condição de um Deus que define leis e juízos; que dita nossas regras; que é soberano sobre tudo, até mesmo sobre Deus que é o seu autor. Fazem da criatura o Criador. Portanto o amor sendo idolatrado e elevado à condição de deus torna-se demônio.
Mas o programa “global” tem cumprido exemplarmente do seu papel de servir ao “deus deste século” e cegos de entendimento e sem o resplandecer da luz do evangelho da glória de Cristo, pois eles “mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura que o Criador, que é bendito eternamente” (Romanos 1.25). Entretanto o pastor Amaral busca a utopia ecumênica e irracional (ou racionalmente mal intencionada), de unir luz e trevas.
No programa do dia 08 de dezembro de 2011(clique e assista) o pastor entrou numa polêmica sobre o uso de camisinha e respondeu de forma esquizofrênica quando questionado qual nota daria ao homem que pratica sexo sem compromisso matrimonial: “eu dou nota zero para ele como religioso, como pastor presbiteriano, e dou nota cinco como cidadão”. E a pergunta que fazemos reverendo é: o senhor realmente compreende o que é ser cristão? Gostaria de responde-lo com uma citação do grande teólogo holandês Abraham Kuyper: “Uma religião limitada a sentimento ou vontade é, portanto, impensável para o calvinista (Kuyper define calvinista como sinônimo de cristão). A sagrada unção do sacerdote da criação deve descer para sua barba e para a orla de sua vestimenta. Todo seu ser, incluindo todas as suas habilidades e poderes, deve ser impregnado pelo sensus divinitatis*, e como então poderia ser excluída sua consciência racional, - o logos que está nele, - a luz do pensamento que vem de Deus para iluminado?” (Kuyper, Calvinismo). Em suma Kuyper defende o princípio bíblico que, “onde quer que o homem possa estar, tudo quanto possa fazer, em tudo que possa aplicar sua mão..., ou pensamento no mundo da ciência e da arte, ele está, seja no que for, constantemente posicionado diante da face de seu Deus, está empregado no serviço do seu Deus, deve obedecer estritamente o seu Deus e, acima de tudo, deve objetivar a glória de Deus”.
Não podemos, senhor Marcos Amaral, separar nossa vida religiosa da nossa vida social. Nós, acima de tudo, somos cristãos onde quer que estejamos. “Quer comais, quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, tudo seja feito para glória de Deus” (1 Coríntios 10.31). Separar nossa vida religiosa da social é como ir ao psiquiatra e receber o atestado de esquizofrênico; é colocar a igreja como um ponto de ruptura que nos separa do mundo a nossa volta.
Como cristãos não podemos comungar com as obras infrutíferas das trevas, antes, porém, devemos reprova-las, sendo colunas e baluartes da verdade por meio do Senhor Jesus Cristo.
Jesus jamais encobriu pecados, antes os expôs contra a luz da Lei, para que homens vissem o quanto estão tomados e pecados e busquem arrependimento. João Batista pregou dizendo: “Arrependei-vos porque está próximo o Reino dos Céus”, e também disse “está posto o machado a raiz das árvores; toda a árvore, pois que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo” (Mateus 3). Jesus, por sua vez confirmou a mensagem de João e a cumpriu. “Arrependei-vos, porque é chegado o reino de Deus” foi a sua mensagem.
Precisamos nos apegar a Verdade e pregar sem medo e omissão todo o Conselho de Deus. Ainda que sobe pena de sermos perseguidos não podemos nos conformar com este século como o costume de alguns.

Há poucos dias o Pastor Marcos Amaral se envolveu em mais uma polêmica no mesmo programa, caso queira ler sobre o assunto leia o texto Programa Amor & Sexo traz polêmicopastor presbiteriano para opinar sobre homossexualismo.
*Sensus Divinitatis: Senso natural que todo ser humano possui a respeito da existência da divindade.
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Bibliografia
KUYPER, Abraham. Calvinismo. São Paulo: Cultura Cristã, 2004. 208 p.
LEWIS. C. S. Os Quatro Amores. São Paulo: Martins Fontes, 2005. 195 p.


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Uns Confiam em Carros, outros, em Cavalos...



Para muitos, especialmente no estado de Pernambuco, as eleições se findaram. Graças a Deus por isso! E que o Senhor conduza os eleitos do povo conforme sua vontade para alegria ou para juízo do povo.
            Durante os meses que antecederam as eleições houve de tudo em minha cidade. Carreatas, passeatas, jingles que não saem da cabeça do tipo: “... quem vive de passado é museu, caranguejo é que anda pra traz...”. Sei que isso acontece em praticamente todos os municípios, mas não é isso que preocupa. É notável o crescente envolvimento das igrejas cristãs com a política. Muitos pastores e padres fecham acordos de campanha buscando apoio do governo para suas denominações ou visando ganhar notoriedade e poder como cabos eleitorais expressivos. Enquanto isso acontece muitos crentes que trabalham para o governo em cargos comissionados ou que almejam uma função oferecida por qualquer dos candidatos, apostam suas fichas e se dedicam a campanha. Isso não estaria errado, e até é digno que crentes se envolvam com a política se querem de fato lutar por algo justo e honesto diante de Deus. Entretanto o que é preocupante é que a motivação para tanta euforia se chama MEDO.
            O medo aqui expressa a desconfiança de muitos crentes no seu Deus e a confiança no poderio mundano. Muitos dos quais são extremamente corrompidos. Tememos cada vez mais os carros e cavalos de Faraó. Tememos o que eles podem fazer e o que eles podem deixar de fazer. Daí nós olhamos com desejo para as para as panelas de carne dos egípcios, como fizeram os hebreus murmurando no deserto: Quem nos dera tivéssemos morrido pela mão do SENHOR, na terra do Egito, quando estávamos sentados junto às panelas de carne e comíamos pão a fartar!” (Êxodo 16.3).
            Para os que agem assim logo vem o pagamento em angústia, e ainda maior medo quando os carros e cavalos dos egípcios são tragados pelo mar; quando a confiança depositada em coisas passageiras é tragada num único dia.
            O cristão deve colocar sua confiança unicamente em Deus. É somente ele que nos sustem com o seu rico maná, com suas bênçãos diárias sobre nós e nossas famílias. Os quarenta anos no deserto serviram para ensinar o povo hebreu quem é o Deus dos Exércitos e em quem se deve temer e desejar.
Muitos cristãos cometem o erro e confiar nas coisas passageiras dessa vida. Confiam em mandatos, empregos, riquezas, empresas, e em si próprios, mas Deus corrige o seu povo e lhes diz: “Maldito o homem que confia no homem, faz da carne o seu braço e aparta o seu coração do SENHOR!”(Jeremias 17.5). Sem dúvidas muitos cristãos são vêem seus cavalos e carros sendo afogados no Mar Vermelho; seus mais preciosos tesouros extintos num piscar de olhos. Com certeza se você é um destes abra seus olhos para a correção paterna peça perdão e diga como Davi: “Uns confiam em carros, outros, em cavalos; nós, porém, nos gloriamos no SENHOR, nosso Deus” (Salmo 20.7).

BENDITO O HOMEM QUE CONFIA NO SENHOR E CUJA ESPERANÇA É O SENHOR. PORQUE ELE É COMO A ÁRVORE PLANTADA JUNTO ÀS ÁGUAS, QUE ESTENDE AS SUAS RAÍZES PARA O RIBEIRO E NÃO RECEIA QUANDO VEM O CALOR, MAS SUA FOLHA FICA VERDE; E, NO ANO DE SEQUIDÃO, NÃO SE PERTURBA, NEM DEIXA DE DAR FRUTO (Jeremias 17.7,8).

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Aperfeiçoados



A nossa vida aqui é de fato um sofrimento, tanto para crentes ou descrentes, ricos ou pobres, todos nós sofremos. Passamos por angustias, somos traídos, muitas vezes, pelas pessoas que mais confiamos, sofremos violência, medo, e recebemos a cada dia a medida do salário que nos é devido. E este salário é a morte, em Romanos 6.23 está escrito, “o salário do pecado é a morte...”.
O diabo tem buscado, de muitas formas, enganar a humanidade inserindo na mente de muitos a ideia de uma falsa paz, de uma falsa comunhão entre os povos e uma falsa irmandade. Mas o fato é que nada nesse mundo tende a organizar-se. “Tudo tende a desordem”, é o que também nos afirma a segunda lei da termodinâmica. Mas vamos ficar nas escrituras!
Nós pecamos e pelo pecado fomos destituídos da ordem; da retidão; da perfeição; da glória de Deus (Rm 3.23) e uma vez destituídos dessa glória sofremos e morremos. Este é o preço a ser pago pela nossa corrupção. No entanto Cristo veio ao mundo para transformar em novo as coisas velhas, para nos refazer em uma nova criação (2 Co 5.17). Para recuperar a ordem que foi corrompida.
O preço a ser pago para nossa restauração à glória de Deus foi o mais alto possível. Implicou em tornar maldito o Justo; em desamparar o que é Completo; em fazer morrer o que é Imortal. Este foi preço pago pelo Senhor Jesus na Cruz do Calvário. Pois está escrito: “Maldito todo aquele que for pendurado em um madeiro” (Gl 3.13). Cristo tomou sobre si os nossos pecados fazendo-se ele mesmo maldito em nosso lugar. Cristo também sendo o próprio Deus e, portanto completo em si mesmo, foi também desamparado e clamou na cruz: “Eli, Eli, lamá sabactâni?” que é, “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mt 27.46). E Ele foi desamparado não porque foi achado em pecado, mas porque os nossos pecados; as nossas imperfeições foram lançadas sobre Ele, e a sua justiça e santidade, sendo retiradas dele são derramadas graciosamente sobre nós; sobre todos quantos crêem no seu nome, “porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16).
            Dessa forma somos declarados justos e aptos para recebermos um corpo glorificado e gozarmos de uma vida perfeita com Senhor nas mansões celestiais que ele tem preparado para os santos que se uniram a Cristo e, por meio deste, obtiveram o cancelamento dos seus pecados. “E quando, porém, vier o que é perfeito, então, o que é em parte será aniquilado” (1 Co 13.10).
            As nossas imperfeições terão fim, o pecado não mais existirá, a natureza calará o seu gemido, e nós estaremos perfeitamente completos em Deus e restaurados assim como a natureza também o será. Mas aqueles que desprezaram e rejeitaram o Filho e sua obra salvífica serão banidos do Reino de Deus e lançados no inferno.
Assim termino este breve texto com as palavras de São Paulo:
A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus. Pois a criação está sujeita à vaidade, não voluntariamente, mas por causas daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora. E não somente ela, mas também nós, que temos as primícias do Espírito, igualmente gememos em nosso íntimo aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo”. (Romanos 8.19-23)
A esperança de paz e amor entre as nações e os povos, é impossível nesse mundo, mas esperamos confiados no dia em que o sofrimento cessará. Maranata (Nosso Senhor vem)!

Guilherme Barros

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Criacionismo: Os Pilares do Design Inteligente I

“No princípio criou Deus os céus e a terra”. (Gênesis 1.1)
A muito já nos afirmou Moisés que a terra foi criada por Deus, que é, além de muitos outros atributos, consciente e racional. Ou seja, os céus e a terra foram arquitetados e projetados por Deus para o louvor da sua glória. E podemos encontrar as evidências de isso, ou as marcas do seu poder, na sua criação, afinal “Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras das suas mãos” (Salmo19.1).
A Teoria do Design Inteligente (TDI) não tem a intenção de demonstrar que existe um Deus pessoal e muito menos o Deus do Cristianismo, mas ela é uma arma para nós cristãos nos contrapormos às falácias da Teoria da Evolução sistematizada por Charles Darwin em seu livro A Origens das Espécies (1859). A TDI coloca em nossas mãos evidências científicas que demonstram a operação de uma mente racional criadora de todo o universo, não necessariamente Deus(es), mas a existência de um projetista.
O Dr. Scott Minnich, especialista em biologia molecular, nos dá uma excelente definição sobre o que é a TDI:
 “Características chaves de sistemas vivos podem ser melhor explicados pela atividade de uma inteligência arquiteta e não por um processo natural não-direcionado tal como seleção natural agindo em variação randômica. Sistemas vivos aparentam ser projetados porque foram projetados”.
            É interessante que Darwin também observou a existência de um desenho que exalava perfeição e assim também os neo-darwinistas também observam, contudo a grande diferença é a afirmação de que todo que existe é obra do acaso mais tempo, ou seja, um processo natural não-direcionado.
A aparência do design em organismos vivos resultou de processos naturais totalmente não-direcionados, sendo que o mais importante é que a seleção natural agiu em variações/mutações aleatórias” (Charles Darwin).
            O Design Inteligente defende, como foi demonstrado, uma posição contrária à posição evolucionista; que jamais o universo e a vida poderia ter surgido ao acaso e de forma não intencionada. Apresento agora os três pilares do designe inteligente.
            I – Complexidade Irredutível
            Esse termo foi desenvolvido pelo Dr. Michael Behe em seu famoso livro A Caixa Preta de Darwin. E significa que “Um único sistema composto de várias partes bem combinadas e que interagem, que contribuem para a função básica, onde remoção de qualquer uma das partes faz o sistema para de funcionar efetivamente” (Behe,1997).
            Ele exemplificou o termo utilizando uma ratoeira, tal objeto necessita exatamente de todas as partes para o que funcione e cumpra o seu papel que é capturar ratos. Tire uma das partes da ratoeira e ela perderá toda sua funcionalidade e utilidade. Assim também a forma estrutural dos seres vivos e também do universo possuem partes que são irredutíveis; que não podem ser retiradas. Tudo está quantificado em uma regra de um máximo ou de um mínimo como afirmou o mais prolífico matemático de todos os tempos, Johanes Euler (m.1709), “Sendo que a estrutura do universo é a mais perfeita e o trabalho de um Criador, nada aconteceu no universo sem que uma regra de um máximo ou de um mínimo apareça”. 
             Não existe possibilidade de acaso, seleção natural ou evolução, necessita-se de uma mente racional para conduzir a maravilhado universo que vai desde o macro e se mostra em esplendida grandeza no micro. Veja este exemplo do motor do flagelo bacteriano (FOTO).

             


Motor do flagelo bacteriano

            Este motor é composto por mais de trinta partes, que interagem entre si de forma que a retirada de apenas uma das suas partes o motor para de funcionar. Contudo possui tamanha perfeição que ele é auto reparável e auto montável, além disso funciona refrigerado por água, trabalha numa rotação que varia de 6.000 à 100.000 rotações por minuto, possui também duas marchas (para frente e ré), freio e  reversão tudo isso com um abastecimento de energia inextinguível. É incrível! Um ser que foi por muito tempo considerado como um ser pouco evoluído e primitivo pelos evolucionistas demonstra tamanha complexidade.

Está é a Complexidade Inteligente o primeiro pilar da Teoria do Design Inteligente.
Próximo episódio veremos o segundo pilar: Informação Aperiódica e Funcional.

Guilherme Barros.

Bibliografia
EBERLIN, Marcos. Fomos Planejados (Web-Book)


terça-feira, 21 de agosto de 2012

Se Manca; Cai na Real!


 
  Você já recompensou alguém? É natural retribuirmos favores, presentes e trabalhos prestados a nós, isso nos faz sentir bem. Algumas pessoas têm o sentimento de dever cumprido e até chegam a dizer: “Estamos quites”. Mas quando não dá para quitar a dívida, o que fazer?
Há milhares de anos os homens barganham com os deuses. Trocam ofertas e sacrifícios por favores divinos. E este costume pagão foi também inserido no cristianismo. Há mais de mil anos as indulgências foram um sucesso na igreja romana, com elas os homens podiam comprar a salvação, comprar perdão de pecados, sair do purgatório ou ter anos a menos nele, e até colocar parentes falecidos em locais privilegiados nos céus ou tirá-los do inferno.
Este costume perverso também tem tomado conta da mentalidade cristã atual. As igrejas estão cheias de pessoas que vão aos cultos dominicais, cantam hinos, ofertam e dizimam, escutam mensagens de autoajuda e logo após duas horas, em média de culto, elas saem satisfeitas e com a sensação de dever cumprido, prontas para voltar as suas vidas de descompromisso e pecados até que no domingo seguinte elas vão novamente oferecer seus “favores” a Deus. Se você faz parte deste grupo então “se manca; cai na real!”. Deus não precisa de você!
O Senhor não deseja trocas e recompensas, pois não podemos recompensá-lo, visto que tudo a ele pertence. Ele não se compraz em sacrifícios e nem se agrada de holocaustos (Salmo 51.16). Mas os “sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito...” (Salmo 51.17) isto Deus não desprezará. 
No salmo 116 o salmista descreve um grande livramento que Deus lhe proporcionou quando laços de morte o cercavam e angustias do inferno se apoderaram dele, após receber tão grande livramento ele faz a seguinte pergunta: “Que darei ao SENHOR por todos os seus benefícios para comigo?” e sua resposta foi: “Tomarei o cálice da salvação e invocarei o nome do SENHOR. Cumprirei os meus votos ao senhor na presença de todo o seu povo”. Assim obtemos a resposta sobre o que fazer quando é impossível quitar uma dívida. Precisamos erguer nas nossas vidas a bandeira da salvação em Cristo e cumprir os nossos votos para com Deus diante de todos. Todos precisam saber que você pertence ao povo eleito de Deus, nós precisamos mostrar a diferença entre quem serve a Deus e quem não serve, o mundo necessita ver a diferença entre o justo e o perverso. Certamente não recompensaremos a Deus com esta atitude, mas demonstramos nossa gratidão para com ele e é isso que ele exige de nós. “Quer comais quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus” (1 Coríntios 10.31). O Senhor quer que o seu povo honre com gratidão as bênçãos derramadas glorificando a ele com as nossas vidas. Agora pois glorifiquemos a Deus com as nossas vidas!

Pare de barganhar com Deus! Ele não quer suas duas horas de culto aos domingos, mas sim uma vida inteira de devoção e gratidão por parte daqueles que realmente foram tirados das trevas para sua maravilhosa luz.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

O Culto Agradável a Deus



            Há alguns anos passamos do período da modernidade para a pós-modernidade. Enquanto na primeira, ainda que existisse uma grande amplitude de religiões, seitas e denominações, havia-se uma busca pelo caminho correto a se seguir. Já no período vigente da pós-modernidade as pessoas não buscam mais, um único padrão sólido e correto aos seus olhos, simplesmente agora tudo é correto, a verdade foi diluída em uma infinidade de “verdades”; de caminhos “aceitáveis”. Mas a forma de se prestar culto a Deus; a forma de vida cristã não pode ser moldada a este presente século. É nosso dever lutar para que a obediência à Palavra de Deus seja mantida. Isto é inegociável!
            O princípio regulador do culto é desenvolvido para que o culto solene a Deus seja mantido nos moldes da sua Escritura. O que se vê hoje são cultos moldados às pessoas, templos sofisticados com luzes de todas as cores e uma parafernália de equipamentos eletrônicos e musicais, além de danças e sessões dos mais variados tipos de coisas, como: descarrego, cura, bênção financeira. Por outro lado vemos também uma rigorosa institucionalização do culto em algumas denominações que dizem o que podemos ou não vestir, como devemos fazer nossas barbas e bigodes, qual deve ser o comprimento do cabelo da mulher e muitas outras cargas que nem seus próprios líderes conseguem suportar.
            O princípio regulador do culto é responsável por extrair das Escrituras uma norma que fundamente e padronize o culto visando torná-lo aceitável a Deus. E o culto aceitável a Deus, é que façamos aquilo que ele exige de nós. Paulo nos instrui a respeito do culto racional dizendo: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Romanos 12.1). Parece-nos que a maioria dos que se dizem crentes nunca leu ou atentou para este versículo. Estes buscam justamente o contrário e entregam seus corpos as paixões dos nossos dias.
            O Salmo 133 nos diz, “Oh! Quão bom e quão agradável é que os irmãos vivam em união”. Davi disse isto no período em que ele foi ungido rei sobre todo o Israel e pôde contemplar o momento em que todas as doze tribos se uniram. Ele comparou este episódio com o momento da unção do sacerdote que, ao ser ungido, todas as tribos se uniram perante aquela cerimônia que representava as bênçãos de Deus sendo derramadas sobre o Seu povo unido.
            Temos plena convicção de que a plenitude desta união, narrada pelo salmista, só será contemplada quando o Senhor Jesus Cristo vir buscar sua Igreja. Mas podemos, com absoluta certeza, estreitar os laços entre nossas congregações se os crentes, e especialmente seus líderes, observarem as Escrituras e moldarem suas liturgias a Ela. “O meu povo é destruído por falta de conhecimento” (Oséias 4.6) nos diz a Bíblia. E que melhor maneira de destruir um povo do que fazê-lo guerrear entre si? A falta de conhecimento bíblico tem causado destruição entre o povo de Deus e entre Deus e seu povo, pois se não o cultuamos como lhe é devido e como ele exige de nós, ainda que façamos isso com sinceridade de coração, podemos não agradá-lo. “Enganoso é o coração do homem, mais do que todas as coisas; e perverso; quem o conhecerá?” (Jeremias 17.9). Não devemos conduzir o culto a Deus conforme nossos sentimentos, mas sim conforme a sua Palavra, esta é a oferta agradável a Deus. Os sentimentos são muito importantes e agradáveis a Deus, mas são reduzidos a nada quando não estão debaixo da tutela da sua Palavra.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Não preciso de revolver para matar


A poucos dias foi manchete internacional o caso do jovem James Homes que entrou no cinema Century 16 durante a estreia do Batman portando um fuzil AR-15, uma escopeta Reminton e uma pistola automática Glock, além disso ele usava colete a prova de balas e máscara de gás. O armamento é digno de um soldado de elite. E foi isto que ele utilizou para assassinar 12 pessoas e ferir 58
   Quase que instantaneamente gerou-se mais uma discussão sobre desarmamento da população americana. Esta discussão repercutiu bastante também aqui no Brasil, afinal são desses momentos que a mídia pró-desarmamento se aproveita para lançar seus dardos inflamados como se todo esse arsenal tivesse ido sozinho "pegar um cineminha" e tivesse resolvido matar todo mundo. Os militantes desarmamentistas se esquecem que as verdadeiras máquinas de matar são as mentes corrompidas dos homens que tem o poder e a criatividade de tirar a vida com qualquer tipo de arma, ou fazendo dos seus próprios corpos instrumentos de guerra.

   E foi através da criatividade corrupta que um jovem chinês de apenas 17 anos matou a facadas oito pessoasontem (02/08/2012). O adolescente matou dois familiares da namorada, com os quais tinha discutido, e mais seis pessoas com apenas uma faca. E este não é um caso isolado. No início de 2010, ocorreu uma onda de ataques à faca contra crianças em escolas, também na China, que deixou quase 20 mortos e 50 feridos (Jornal do Comércio de Pernambuco, 03/08/2012). Em junho de 2011 um outro chinês esfaqueou e matou 8 pessoas, dentre as vitimas estavam, sua mãe, sua esposa, sua irmã, quatro vizinhos e um trabalhador. 

   Parece que os chineses são bem mais eficientes em mortes do que os americanos, mesmo utilizando armas brancas. Isso demonstra que o problema não está em possuir armas de fogo. Por coincidência no primeiro caso citado o homicida possui o sobrenome Li. O que me fez lembrar dos filmes do famoso Jet Li e porque não das séries do mestre Bruce Lee que não precisava de armas para por ao chão seus oponentes.
    
    O que eu quero afirmar é que mesmo que nos tirem as armas de fogo as mortes e chacinas vão continuar.  É assim que a natureza corrompida do homem diz: "Matar é o que queremos. Nos tirem os revolveres e utilizaremos as facas, e traremos de vota os arcos e as flechas. Nos tirem as facas e flechas e os punhos nos servirão para a morte.



   Portanto, não são as armas que matam, mas os homens. Temos que entender que as armas em nossa sociedade servem mais como instrumentos de proteção do que de assassinatos e que podem sim nos servir eficazmente quando nos depararmos com maníacos como estes. Provavelmente se houvessem pessoas armadas nesse cinema, nestas casas chinesas, ou nas escolas que sofreram atentados parecidos no mundo muitas mortes seriam evitadas e seria dado o direito de defesa aos cidadãos. Pare e pense um pouco, na tão vigorosa propaganda que os nossos governantes têm feito em prol do desarmamento da população, desde o primeiro referendo no governo Lula e as incontáveis campanhas de entregas das armas ao longo dos últimos anos, perceba que ao longo da história vemos que os famosos ditadores (Stalin, Mao Tsé Tung, Pol Pot, Hitler, Fidel Castro, e o mais recente Hugo Chaves) fizeram uso do desarmamento da população para assumirem o poder e subjugarem o povo indefeso, não caiamos no mesmo erro tolo de achar que isso nunca acontecerá conosco.

Imagem do site vanguarda popular


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quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Cristianismo: O Império dos Mártires

Cristãos perseguidos na China
   Ao longo de milhares de anos a história gerou uma imensa lista com nomes de grandes homens que  dispuseram suas vidas em favor de uma crença. Eles são os mártires. Todos os países, culturas e quase todas as religiões possuem os seus, mas quero aqui falar sobre os mártires cristãos. 
   O cristianismo é sem dúvida o "império dos mártires", não precisamos de estatísticas para comprovar isto, basta estudarmos um pouco a história da humanidade e veremos que nenhuma outra cultura, nenhum exército, ou visão política, ou religião produziram tantos homens dispostos a oferecer suas vidas com alegria em favor de uma causa. Certamente só o cristianismo tem esse poder e já o sustenta por mais de dois mil anos, mas por quê? A resposta está no Salmo 63.3, "porque a tua graça é mais preciosa do que a vida".
   O verdadeiros cristãos não pregam que todos os infiéis devem morrer e nem saem por aí promovendo atentados suicidas e declarando guerra as nações pagãs. Mas o verdadeiros cristãos são preparados pelo Espírito Santo para oferecer seus corpos "por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus..." (Rm 12.1) isso não quer dizer que as escrituras promovem a morte, mas que os verdadeiros crentes em Cristo resolvem entregar todas as áreas da sua vida ao seu Deus. O cristão aprende em seu próprio ser que a graça de Deus é melhor do que vida. Parece uma contradição, mas só para aqueles que não conhecem o sólido e real evangelho de Jesus, pois os firmes no Senhor tem a certeza de que suas vidas não são em nada preciosas diante da vida futura que é o galardão de Deus para aqueles que o amam. Paulo em Mileto, decidido a ir para Jerusalém , onde sofreria cadeias e tribulações, deixa as suas últimas considerações aos presbíteros de Éfeso e diz, "...em nada considero a vida por preciosa para mim mesmo, contanto que complete o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus" (Atos 20.24).
   Com certeza Jesus Cristo, seu martírio, sua morte e ressurreição formam a única inspiração para os mártires cristãos de todos os tempos. Só o cristianismo possui um Deus que se humilhou, fazendo-se homem e que viveu, sofreu, morreu e ressuscitou em favor de homens perdidos e pecadores. Dar as nossas vidas em favor do Evangelho não é uma compra ou passaporte para o céu, não! Cristo já fez isso por nós! Mas quando percebemos o verdadeiro valor do magnífico plano de salvação que Deus elaborou para todo aquele que crê no nome de seu Filho, nós passamos simplesmente a ver que a sua graça é maior que a nossa vida
Quadro retratando a morte de Estevão (Atos 7)

   Muitos dos cristãos quando perguntados se querem ir pro céu neste exato momento, respondem rapidamente: Não! Deixe-me viver um pouco mais, deixe-me aproveitar um pouquinho mais dessa vida aqui. Isto é um sinal claro da malícia de satanás no meio da igreja, é triste ver crentes afirmarem isto, é triste ver crentes amando mais o mundo do que a Terra Prometida, a Canaã celestial. As igrejas ocidentais precisam urgentemente pregar o amor pelas Escrituras, pelo sacrifício de Cristo na Cruz e o desapego aos prazeres desprezíveis que este mundo nos oferece. Precisamos aprender a amar os momentos de intimidade com Deus, de oração e louvor a Ele. Nossos jovens e nossos velhos precisam entender isso, que não a nada   melhor do que a graça de Cristo, nosso Senhor. Afinal é isso que Cristo e a sua Palavra, os apóstolos, os mártires do passado e os atuais, nos ensinam.
   Pela graça de Deus muitos crentes espalhados pelo mundo, nos lugares onde a perseguição é mais intensa (Coréia do Norte, Afeganistão, Somália, IrãNigéria, Costa do Marfim, veja lista), entendem o que é amar a Deus sobre todas as coisas e servem de exemplo para as nossas vidas, pra que nós busquemos a Deus em oração para que o evangelho seja pregado livremente, e para que, se tal coisa nos sobrevier, nós tenhamos forças para verdadeiramente entregar as nossas vidas em favor da glória de Deus. Soli Deo Gloria! 

Massacre em igreja do Quênia 






sexta-feira, 29 de junho de 2012

Como Nos Dias de Noé


Réplica da arca de noé construída por Johan Huibers

Então disse Deus a Noé: O fim de toda a carne é vindo perante a minha face; porque a terra está cheia de violência; e eis que os desfarei com a terra (Gn 6.13).
            Ao olharmos para este relato bíblico e histórico, ocorrido há milhares de anos atrás, percebemos que a humanidade não mudou muita coisa desde que Deus resolveu castigar a terra com o dilúvio. Se ligamos as nossas tevês vemos a todo tempo assassinatos, roubos, estupros (inclusive de infantes) e são tantos os casos que damos até nome aos mais variados tipos de homicídios, são: parricídios, matricídios, latrocínios, infanticídios, etc...  Só para citar uns fatos recentes, esta semana mais dez ônibus foram incendiados em São Paulo e do início do ano para cá quarenta (40) policiais foram mortos em suas folgas somente no estado de São Paulo; aqui em Pernambuco um homem matou e esquartejou sua esposa e levou friamente o corpo em sacos de lixo para casa de sua própria mãe.
            O Brasil está um caos! O povo se torna cada vez mais corrupto e  tolerante ao pecado. Há alguns anos não ouvíamos falar em leis de casamento gay, aborto ou lei da palmada, mas agora dizer que o homossexualismo é pecado tem se tornado até um crime. Pais e professores são agora presos por aconselharem ou disciplinarem corretamente seus filhos. O resto mundo não esta diferente; as guerras estão batendo na nossa porta. O islamismo tem tomado conta da Europa e ra a já promovem suas investidas cruéis e miseráveis para as Américas.
            Quando voltamos nossos olhares para as atrocidades e maldades que os homens têm cometido não podemos deixar de lembrar das palavras do nosso Senhor Jesus Cristo, “E, como nos dias de Noé, assim será também  a vinda do Filho do homem” (Mt 24.37). Não adianta colocarmos nossas esperanças nesta humanidade caída e que se regozija na jactância, na carnalidade e na concupiscência, como fazem os humanistas modernos.
            Mas que esperança há neste mundo tenebroso? A esperança é somente uma, que devemos crer no mesmo SENHOR de Noé e agir como Noé agiu colocando toda sua obediência, confiança e zelo no Deus de Israel. E assim como Ele preparou a salvação para Noé, Ele também enviou o seu Filho para que “todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Que nós nos apeguemos ao nosso Salvador, Jesus, o Filho do homem, e prossigamos como Noé e seus filhos que desprezaram o mundo inteiro a sua volta e tiveram como meta única das suas vidas o serviço ao Senhor e serviram ao Criador ao invés da criatura.

sábado, 23 de junho de 2012

O Colápso das Relações Familiares: Introdução


Imagem de Richard Wilkinson
             Talvez se possa achar, pelo fato de não ser casado, que eu não seja a pessoa mais adequada para tratar de assuntos referentes a questões familiares e muito menos sobre o casamento especificamente.  Entretanto, apesar de ter nascido e crescido numa família cristã e bem estruturada não posso fazer disso minha fonte de autoridade para tratar de tais assuntos, visto que, ainda que a experiência tenha certa relevância a única regra de fé e prática do cristão devem ser as Escrituras e é com base na Palavra de Deus que, mesmo não tenho constituído família, posso falar a respeito de coisas que ainda não experimentei pois “toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para repreensão, para correção, para educação na justiça, a fim de que o homem seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2Tm 3.16).

            Este texto dá início a uma série de artigos intitulados: o Colápso das Relações Familiares. A partir do próximo artigo da série trataremos de questões sobre o casamento.

            O que me motivou a escrever sobre as relações familiares foram os constantes ataques que a família cristã tem sofrido ao longo de muitos anos, por exemplo: o machismo, o feminismo, o divórcio, o homossexualismo, a mudança de significado da palavra amor, as drogas, o adultério etc. O fato é que a estrutura e o conceito do que é família estão alterados e deturpados.

            As bases foram destruídas.Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e que disse: Por está causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? De modo que já não são mais dois, porém uma só carne? Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem” (Mateus 19.4-6).

            A mídia e o governo têm, dia após dia, tem provocado terremotos de graus altíssimos com danos irreparáveis, o divórcio que era algo raro até poucos anos atrás se tornou comum. Novas “formas de casamento” têm se consolidado, são as chamadas uniões homo-afetivas, mais conhecidas como “casamento gay”, e o sexo livre já tomou conta por completo dos nossos dias. Falaremos disso em outra ocasião.

           A questão é que a sociedade desprezou completamente o que nos diz as Escrituras e para a maioria dos cristãos cabe a mesma resposta que Cristo deu aos fariseus, “Não tendes lido...”. O cristianismo tem se tornado mais nominal a cada dia e a leitura e prática das Escrituras tem sido mais e mais negligenciadas. O resultado disso são casamentos nominais, ausentes de amor verdadeiro, famílias nominais as quais os pais não corrigem seus filhos e os filhos não respeitam seus pais, o que implica também num maior índice de violência social, corrupção, desrespeito e desamor.
            No próximo artigo da série falaremos sobre o casamento machista.

Guilherme Barros