quinta-feira, 29 de março de 2012

Sonhadores Alucinados


Fugir da realidade talvez seja a melhor definição que tenho sobre sonho. Assim, os sonhadores são fugitivos da realidade, pois fecham os seus olhos para tudo aquilo que diante dos seus rostos estão e se contentam em tomar seus sonhos por verdade. Talvez você discorde deste significado, mas ele é bem útil para o que quero demonstrar. Falo dos sonhadores alucinados.
Uma invasão aconteceu. Homens sonhadores que adentraram na igreja de Cristo. Mas não foi de forma abrupta e facilmente perceptível. Eles romperam os ideais, anteriormente firmados, se utilizando de sutileza, sagacidade e diligência, fazendo germinar as sementes dos seus sonhos com muito cuidado em solos fracos e mal fundamentados, mas que são os melhores para o tipo de árvore que querem produzir, ou seja, uma árvore que, em plena estação de frutífera, não produz frutos (ver Judas 1.12).
Esta árvore se encontra hoje como uma gigantesca castanheira, crescendo em direção do sol. Assim são os homens que a plantaram, são os gigantescos heróis da “fé secularizada”, os sonhadores alucinados. Estes sonhadores crescem da fertilidade dos que estão mal fundamentados nas Escrituras ou que não tem fundamento algum. Sobre estes é que se alicerçam e perduram os falsos mestres que sonham em chegar ao céu, adubados pelos falsos cristãos e pelos cristãos medíocres que correspondem as suas falsidades, os quais diz Spurgeon: “sobre as Bíblias de alguns aqui há pó suficientes para escrever a palavra condenação com os seus próprios dedos”. Coitados! Assim como uma gigantesca árvore que cresce cada vez mais em busca do sol, contudo vem a morrer, assim também eles crescerão e perecerão.
E, “ai deles! Porque seguiram o caminho de Caim...” (Judas 1.11). A ganância os fez crescer e sonhar cada vez mais alto, contudo os seus sonhos sãos alucinógenos e produzem apenas miragens de um falso reino celestial, que nunca poderá ser alcançado. A realidade está bem na frente deles, mas eles não conseguem perceber, visto que estão ludibriados e enganados pelas falsas visões que a própria cobiça deles produziu. Estes são os sonhadores alucinados, sobre os quais a pequena e simples carta de Judas fala e adverte aos cristãos: Ora, estes, da mesma sorte, quais sonhadores alucinados, não só contaminam a carne, como também rejeitam governo e difamam autoridades superiores” (Judas 1.8).
E aos sonhadores alucinados, só restará o juízo de Deus (ver profecia de Enoque, Judas 1.14-16) no grande dia por haverem “transformado em libertinagem a graça” (Judas 1.4) do Senhor Jesus Cristo. E a nós cristãos, uma guerra nos espera, revistamo-nos, pois, da Palavra de Deus para batalharmos, ardentemente, pela fé que de uma vez por todas foi entregue aos santos de Deus (ver Judas 1.3), para que quando homens assim, entorpecidos pelos seus próprios desejos, se levantarem no meio da Igreja nós possamos combate-los sabendo dar razão da nossa fé.

Guilherme Barros


sábado, 10 de março de 2012

Quem pode te livrar da maldição?

Você já deve ter ouvido alguém se achar o melhor porque pratica boas obras, porque ajuda os pobres, porque não adultera, não rouba, não mata, e outras coisas mais. É interessante que pessoas assim, quando perguntadas se estão salvas, afirmam que sim e apontam para suas obras como prova disso; como prova de dignidade e justiça. Mas o que a Bíblia diz para essas pessoas? Está escrito no livro do profeta Isaías no capítulo 64 versículo 6 que “todas as nossas justiças” são como “trapos de imundície”, ou seja que as nossas melhores obras que são os nossos atos de justiça: não matar, não roubar, não cobiçar, não adulterar, etc. são como panos imundos, sujos e desprezíveis diante de Deus. Através disso entendemos o quanto nós somos maus e pecadores; na verdade o quanto o homem é maldito e não pode se chegar a Deus pelas suas próprias mãos.

Em Gálatas 3:10 diz que é “maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para pratica-las”. Com isso percebemos que somos de fato malditos, afinal, quem nunca mentiu, roubou, adulterou, matou...? Talvez você diga: Mas eu nunca roubei, nem matei, nem adulterei! Contudo, saiba que o só pensar em praticar alguma dessas coisas é tão pecado quanto fazê-las. Portanto, se você já mentiu isto te faz um mentiroso; se já roubou um ladrão, e assim por diante.

Mas eis a questão! Como se ver livre dessa maldição que nos condena ao inferno, “onde a choro e ranger de dentes” (Mateus 8.12)? Cristo disse que ele é o Caminho (João 14.6). Mas por que Cristo é o Caminho para nos livrar de tão terrível maldição? Em Gálatas 3.13 está a resposta, “Cristo nos rasgou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em um madeiro)”. Não há outro ser, ou deus, ou boa obra, que pode nos livrar de tão dura condenação senão aquele que é o Filho unigênito do Pai que se dispôs a se humilhar e morrer por nós, sendo nós ainda pecadores. Eu sou o caminho, e a verdade, e vida; ninguém vem ao Pai senão por mim (João 14.6). Quem pode te livrar é somente um o Senhor Jesus Cristo. Então vem e “crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e a tua casa” (Atos 16.31).

Guilherme Barros