terça-feira, 21 de agosto de 2012

Se Manca; Cai na Real!


 
  Você já recompensou alguém? É natural retribuirmos favores, presentes e trabalhos prestados a nós, isso nos faz sentir bem. Algumas pessoas têm o sentimento de dever cumprido e até chegam a dizer: “Estamos quites”. Mas quando não dá para quitar a dívida, o que fazer?
Há milhares de anos os homens barganham com os deuses. Trocam ofertas e sacrifícios por favores divinos. E este costume pagão foi também inserido no cristianismo. Há mais de mil anos as indulgências foram um sucesso na igreja romana, com elas os homens podiam comprar a salvação, comprar perdão de pecados, sair do purgatório ou ter anos a menos nele, e até colocar parentes falecidos em locais privilegiados nos céus ou tirá-los do inferno.
Este costume perverso também tem tomado conta da mentalidade cristã atual. As igrejas estão cheias de pessoas que vão aos cultos dominicais, cantam hinos, ofertam e dizimam, escutam mensagens de autoajuda e logo após duas horas, em média de culto, elas saem satisfeitas e com a sensação de dever cumprido, prontas para voltar as suas vidas de descompromisso e pecados até que no domingo seguinte elas vão novamente oferecer seus “favores” a Deus. Se você faz parte deste grupo então “se manca; cai na real!”. Deus não precisa de você!
O Senhor não deseja trocas e recompensas, pois não podemos recompensá-lo, visto que tudo a ele pertence. Ele não se compraz em sacrifícios e nem se agrada de holocaustos (Salmo 51.16). Mas os “sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito...” (Salmo 51.17) isto Deus não desprezará. 
No salmo 116 o salmista descreve um grande livramento que Deus lhe proporcionou quando laços de morte o cercavam e angustias do inferno se apoderaram dele, após receber tão grande livramento ele faz a seguinte pergunta: “Que darei ao SENHOR por todos os seus benefícios para comigo?” e sua resposta foi: “Tomarei o cálice da salvação e invocarei o nome do SENHOR. Cumprirei os meus votos ao senhor na presença de todo o seu povo”. Assim obtemos a resposta sobre o que fazer quando é impossível quitar uma dívida. Precisamos erguer nas nossas vidas a bandeira da salvação em Cristo e cumprir os nossos votos para com Deus diante de todos. Todos precisam saber que você pertence ao povo eleito de Deus, nós precisamos mostrar a diferença entre quem serve a Deus e quem não serve, o mundo necessita ver a diferença entre o justo e o perverso. Certamente não recompensaremos a Deus com esta atitude, mas demonstramos nossa gratidão para com ele e é isso que ele exige de nós. “Quer comais quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus” (1 Coríntios 10.31). O Senhor quer que o seu povo honre com gratidão as bênçãos derramadas glorificando a ele com as nossas vidas. Agora pois glorifiquemos a Deus com as nossas vidas!

Pare de barganhar com Deus! Ele não quer suas duas horas de culto aos domingos, mas sim uma vida inteira de devoção e gratidão por parte daqueles que realmente foram tirados das trevas para sua maravilhosa luz.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

O Culto Agradável a Deus



            Há alguns anos passamos do período da modernidade para a pós-modernidade. Enquanto na primeira, ainda que existisse uma grande amplitude de religiões, seitas e denominações, havia-se uma busca pelo caminho correto a se seguir. Já no período vigente da pós-modernidade as pessoas não buscam mais, um único padrão sólido e correto aos seus olhos, simplesmente agora tudo é correto, a verdade foi diluída em uma infinidade de “verdades”; de caminhos “aceitáveis”. Mas a forma de se prestar culto a Deus; a forma de vida cristã não pode ser moldada a este presente século. É nosso dever lutar para que a obediência à Palavra de Deus seja mantida. Isto é inegociável!
            O princípio regulador do culto é desenvolvido para que o culto solene a Deus seja mantido nos moldes da sua Escritura. O que se vê hoje são cultos moldados às pessoas, templos sofisticados com luzes de todas as cores e uma parafernália de equipamentos eletrônicos e musicais, além de danças e sessões dos mais variados tipos de coisas, como: descarrego, cura, bênção financeira. Por outro lado vemos também uma rigorosa institucionalização do culto em algumas denominações que dizem o que podemos ou não vestir, como devemos fazer nossas barbas e bigodes, qual deve ser o comprimento do cabelo da mulher e muitas outras cargas que nem seus próprios líderes conseguem suportar.
            O princípio regulador do culto é responsável por extrair das Escrituras uma norma que fundamente e padronize o culto visando torná-lo aceitável a Deus. E o culto aceitável a Deus, é que façamos aquilo que ele exige de nós. Paulo nos instrui a respeito do culto racional dizendo: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Romanos 12.1). Parece-nos que a maioria dos que se dizem crentes nunca leu ou atentou para este versículo. Estes buscam justamente o contrário e entregam seus corpos as paixões dos nossos dias.
            O Salmo 133 nos diz, “Oh! Quão bom e quão agradável é que os irmãos vivam em união”. Davi disse isto no período em que ele foi ungido rei sobre todo o Israel e pôde contemplar o momento em que todas as doze tribos se uniram. Ele comparou este episódio com o momento da unção do sacerdote que, ao ser ungido, todas as tribos se uniram perante aquela cerimônia que representava as bênçãos de Deus sendo derramadas sobre o Seu povo unido.
            Temos plena convicção de que a plenitude desta união, narrada pelo salmista, só será contemplada quando o Senhor Jesus Cristo vir buscar sua Igreja. Mas podemos, com absoluta certeza, estreitar os laços entre nossas congregações se os crentes, e especialmente seus líderes, observarem as Escrituras e moldarem suas liturgias a Ela. “O meu povo é destruído por falta de conhecimento” (Oséias 4.6) nos diz a Bíblia. E que melhor maneira de destruir um povo do que fazê-lo guerrear entre si? A falta de conhecimento bíblico tem causado destruição entre o povo de Deus e entre Deus e seu povo, pois se não o cultuamos como lhe é devido e como ele exige de nós, ainda que façamos isso com sinceridade de coração, podemos não agradá-lo. “Enganoso é o coração do homem, mais do que todas as coisas; e perverso; quem o conhecerá?” (Jeremias 17.9). Não devemos conduzir o culto a Deus conforme nossos sentimentos, mas sim conforme a sua Palavra, esta é a oferta agradável a Deus. Os sentimentos são muito importantes e agradáveis a Deus, mas são reduzidos a nada quando não estão debaixo da tutela da sua Palavra.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Não preciso de revolver para matar


A poucos dias foi manchete internacional o caso do jovem James Homes que entrou no cinema Century 16 durante a estreia do Batman portando um fuzil AR-15, uma escopeta Reminton e uma pistola automática Glock, além disso ele usava colete a prova de balas e máscara de gás. O armamento é digno de um soldado de elite. E foi isto que ele utilizou para assassinar 12 pessoas e ferir 58
   Quase que instantaneamente gerou-se mais uma discussão sobre desarmamento da população americana. Esta discussão repercutiu bastante também aqui no Brasil, afinal são desses momentos que a mídia pró-desarmamento se aproveita para lançar seus dardos inflamados como se todo esse arsenal tivesse ido sozinho "pegar um cineminha" e tivesse resolvido matar todo mundo. Os militantes desarmamentistas se esquecem que as verdadeiras máquinas de matar são as mentes corrompidas dos homens que tem o poder e a criatividade de tirar a vida com qualquer tipo de arma, ou fazendo dos seus próprios corpos instrumentos de guerra.

   E foi através da criatividade corrupta que um jovem chinês de apenas 17 anos matou a facadas oito pessoasontem (02/08/2012). O adolescente matou dois familiares da namorada, com os quais tinha discutido, e mais seis pessoas com apenas uma faca. E este não é um caso isolado. No início de 2010, ocorreu uma onda de ataques à faca contra crianças em escolas, também na China, que deixou quase 20 mortos e 50 feridos (Jornal do Comércio de Pernambuco, 03/08/2012). Em junho de 2011 um outro chinês esfaqueou e matou 8 pessoas, dentre as vitimas estavam, sua mãe, sua esposa, sua irmã, quatro vizinhos e um trabalhador. 

   Parece que os chineses são bem mais eficientes em mortes do que os americanos, mesmo utilizando armas brancas. Isso demonstra que o problema não está em possuir armas de fogo. Por coincidência no primeiro caso citado o homicida possui o sobrenome Li. O que me fez lembrar dos filmes do famoso Jet Li e porque não das séries do mestre Bruce Lee que não precisava de armas para por ao chão seus oponentes.
    
    O que eu quero afirmar é que mesmo que nos tirem as armas de fogo as mortes e chacinas vão continuar.  É assim que a natureza corrompida do homem diz: "Matar é o que queremos. Nos tirem os revolveres e utilizaremos as facas, e traremos de vota os arcos e as flechas. Nos tirem as facas e flechas e os punhos nos servirão para a morte.



   Portanto, não são as armas que matam, mas os homens. Temos que entender que as armas em nossa sociedade servem mais como instrumentos de proteção do que de assassinatos e que podem sim nos servir eficazmente quando nos depararmos com maníacos como estes. Provavelmente se houvessem pessoas armadas nesse cinema, nestas casas chinesas, ou nas escolas que sofreram atentados parecidos no mundo muitas mortes seriam evitadas e seria dado o direito de defesa aos cidadãos. Pare e pense um pouco, na tão vigorosa propaganda que os nossos governantes têm feito em prol do desarmamento da população, desde o primeiro referendo no governo Lula e as incontáveis campanhas de entregas das armas ao longo dos últimos anos, perceba que ao longo da história vemos que os famosos ditadores (Stalin, Mao Tsé Tung, Pol Pot, Hitler, Fidel Castro, e o mais recente Hugo Chaves) fizeram uso do desarmamento da população para assumirem o poder e subjugarem o povo indefeso, não caiamos no mesmo erro tolo de achar que isso nunca acontecerá conosco.

Imagem do site vanguarda popular


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quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Cristianismo: O Império dos Mártires

Cristãos perseguidos na China
   Ao longo de milhares de anos a história gerou uma imensa lista com nomes de grandes homens que  dispuseram suas vidas em favor de uma crença. Eles são os mártires. Todos os países, culturas e quase todas as religiões possuem os seus, mas quero aqui falar sobre os mártires cristãos. 
   O cristianismo é sem dúvida o "império dos mártires", não precisamos de estatísticas para comprovar isto, basta estudarmos um pouco a história da humanidade e veremos que nenhuma outra cultura, nenhum exército, ou visão política, ou religião produziram tantos homens dispostos a oferecer suas vidas com alegria em favor de uma causa. Certamente só o cristianismo tem esse poder e já o sustenta por mais de dois mil anos, mas por quê? A resposta está no Salmo 63.3, "porque a tua graça é mais preciosa do que a vida".
   O verdadeiros cristãos não pregam que todos os infiéis devem morrer e nem saem por aí promovendo atentados suicidas e declarando guerra as nações pagãs. Mas o verdadeiros cristãos são preparados pelo Espírito Santo para oferecer seus corpos "por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus..." (Rm 12.1) isso não quer dizer que as escrituras promovem a morte, mas que os verdadeiros crentes em Cristo resolvem entregar todas as áreas da sua vida ao seu Deus. O cristão aprende em seu próprio ser que a graça de Deus é melhor do que vida. Parece uma contradição, mas só para aqueles que não conhecem o sólido e real evangelho de Jesus, pois os firmes no Senhor tem a certeza de que suas vidas não são em nada preciosas diante da vida futura que é o galardão de Deus para aqueles que o amam. Paulo em Mileto, decidido a ir para Jerusalém , onde sofreria cadeias e tribulações, deixa as suas últimas considerações aos presbíteros de Éfeso e diz, "...em nada considero a vida por preciosa para mim mesmo, contanto que complete o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus" (Atos 20.24).
   Com certeza Jesus Cristo, seu martírio, sua morte e ressurreição formam a única inspiração para os mártires cristãos de todos os tempos. Só o cristianismo possui um Deus que se humilhou, fazendo-se homem e que viveu, sofreu, morreu e ressuscitou em favor de homens perdidos e pecadores. Dar as nossas vidas em favor do Evangelho não é uma compra ou passaporte para o céu, não! Cristo já fez isso por nós! Mas quando percebemos o verdadeiro valor do magnífico plano de salvação que Deus elaborou para todo aquele que crê no nome de seu Filho, nós passamos simplesmente a ver que a sua graça é maior que a nossa vida
Quadro retratando a morte de Estevão (Atos 7)

   Muitos dos cristãos quando perguntados se querem ir pro céu neste exato momento, respondem rapidamente: Não! Deixe-me viver um pouco mais, deixe-me aproveitar um pouquinho mais dessa vida aqui. Isto é um sinal claro da malícia de satanás no meio da igreja, é triste ver crentes afirmarem isto, é triste ver crentes amando mais o mundo do que a Terra Prometida, a Canaã celestial. As igrejas ocidentais precisam urgentemente pregar o amor pelas Escrituras, pelo sacrifício de Cristo na Cruz e o desapego aos prazeres desprezíveis que este mundo nos oferece. Precisamos aprender a amar os momentos de intimidade com Deus, de oração e louvor a Ele. Nossos jovens e nossos velhos precisam entender isso, que não a nada   melhor do que a graça de Cristo, nosso Senhor. Afinal é isso que Cristo e a sua Palavra, os apóstolos, os mártires do passado e os atuais, nos ensinam.
   Pela graça de Deus muitos crentes espalhados pelo mundo, nos lugares onde a perseguição é mais intensa (Coréia do Norte, Afeganistão, Somália, IrãNigéria, Costa do Marfim, veja lista), entendem o que é amar a Deus sobre todas as coisas e servem de exemplo para as nossas vidas, pra que nós busquemos a Deus em oração para que o evangelho seja pregado livremente, e para que, se tal coisa nos sobrevier, nós tenhamos forças para verdadeiramente entregar as nossas vidas em favor da glória de Deus. Soli Deo Gloria! 

Massacre em igreja do Quênia