quinta-feira, 15 de novembro de 2012

A Pior Seca da Humanidade


Propriedade na zona rural de Manari em julho de 2012
            
“Os seus mais ilustres enviam os pequenos a buscar água; vão as cisternas, e não acham água; voltam com os seus cântaros vazios; envergonham-se e confundem-se, e cobrem as suas cabeças. Por causa da terra que se fendeu, porque não há chuva sobre a terra, os lavradores se envergonham e cobrem as suas cabeças.” (Jeremias 14.3-4 ARC)
            Faz alguns meses que o sertão nordestino padece em meio a seca que é vista como a pior dos últimos 40 anos. Tive oportunidade de ir ao sertão do estado de Pernambuco no mês de julho até a cidade de Manari (sertão do Pajeú) quando a seca ainda estava no seu estágio inicial. Apesar disso a cena já era assoladora. Animais mortos de fome e sede nas margens das estradas, açudes e barreiros vazios, terra rachada de sede e o sertanejo que àquelas alturas já clamava ao ver suas últimas reservas secarem.
            Esta situação, que já era difícil de ver, vem se tornando ainda pior. No entanto, esta não chega aos pés da pior seca espalhada sobre a humanidade, pois tal acontecimento está infiltrado e muitas vezes escondido por trás máscaras diante de nós. São vidas secas que jazem assim, quer chova em abundância quer brilhe o sol. Vidas que apesar de riqueza, fartura e prazeres são desprovidas de uma fonte de alegria e vida perene. É isso que encontraremos por onde andarmos pela face da terra.
            Por outro lado, mesmo viajando a lugares geograficamente áridos encontramos pessoas que apesar das provações e dificuldades como a falta d’água e comida são como uma “árvore plantada junto a corrente de águas, que, no devido tempo, dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha...” (Salmo 1.3). Isso porque um dia eles beberam a água viva entregue pelo Senhor Jesus Cristo a eles e receberam dEle a promessa que diz: “aquele, porem, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna” (João 4.14).
            Como é bom ser tornado como uma árvore que dá frutos perenes! Como é bom ser como uma fonte a jorrar para a vida eterna!
            É como fontes a jorrar que todos aqueles, que receberam a salvação em Cristo, são chamados a viver. Precisamos servir como instrumentos produtores de vida que matam a sede daqueles que estão em volta. O dever da fonte é oferecer água ao que tem sede. Portanto, não tenhamos medo e não sejamos tímidos, pois o Senhor nos revestiu de autoridade. A sua palavra nos diz: “O SENHOR te guiará continuamente, fartará a tua alma até em lugares secos e fortificará os teus ossos; serás como um jardim regado e como um manancial cujas águas jamais faltam” (Isaías 58.11). Isto com certeza basta para nosso sustento eterno. Então, o que mais queremos? Do que mais precisamos para cumprir o nosso papel? Ele já nos deu tudo; saciou a nossa sede e nos deu descanso. Prossigamos pois, sem medo, aos lugares áridos!


Interior da casa mostrada na foto acima