quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Queremos Cristo, não Peixes!



     Pedro, Tiago e João estavam exaustos juntos as margens do Mar da Galileia após uma noite de trabalho sem êxito. Sem saberem, a frustração de todos estava para ter fim. Cristo entra no barco de Simão, chamado Pedro, e manda que se afaste um pouco da praia, em seguida manda que lancem as redes. Pedro evita cumprir a ordem de imediato, pois tinha consciência de que o trabalho de uma noite da sua companhia de pesca havia sido em vão, mas sob a ordem de Jesus as redes foram lançadas. O resultado não podia ser outro senão uma pesca bem sucedida sob. (Lucas 5.1-11)
Foram tantos os peixes que as redes rasgaram, eles pediram ajuda e encheram dois barcos ao ponto de quase afundarem. Mas o que mais chama a nossa atenção é primeiramente que eles entenderam quem estava com eles na pescaria, Pedro diz: “Senhor, retira-te de mim, porque sou pecador.” (Lucas 5.9). Pedro e seus amigos entenderam que Jesus era um santo que estava junto a pecadores. Em segundo lugar entendemos que o Senhor Jesus, ainda que puro, se utiliza de pecadores, os purifica e faz com que produzam frutos e lhes chamam para sejam pescadores de homens (Lucas 5.10). Em terceiro e último lugar, os três entenderam que o melhor é está ao lado de Cristo,  do que usufruir das bênçãos que se esgotam nesta vida, diz o texto: “arrastando, eles, os barcos sobre a praia, deixando tudo, o seguiram” (Lucas 5.11).
Isso nos faz nos faz pensar sobre a maneira como temos seguido a Cristo. Será que queremos apenas os “peixes” que ele tem para nos oferecer? Ou será que queremos de fato segui-lo? Seguir a Cristo significa trabalho duro; arrastar redes pesadas ao ponto de se rasgarem, arrastar barcos carregados de peixes e está pronto para deixar de lado todo esforço do trabalho a fim de caminhar junto ao Mestre. Pedro, Tiago e João disseram com suas ações: “Queremos Cristo, não peixes!”. E nos o que dizemos?
Sejamos de fato seguidores de Cristo e acumulemos tesouros no céu, que não apodrecem, onde a traça e o ferrugem não corroem. Façamos o que ele nos manda, praticando o amor, a santidade, sendo pescadores de homens, desviando-nos do mal, pondo nossas mãos no arado sem desejo de voltar atrás. 


Guilherme Barros

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Por que comemorar o Natal?




Em nossos dias é crescente o número de cristãos que rejeitam as festividades natalinas talvez por temor de estarem descumprindo algum preceito das Escrituras, ou porque dizem por aí que nos dias de Roma era uma festa pagã ao deus sol, ou ainda porque Cristo não nasceu no dia 25 de dezembro propriamente dito. No entanto, apesar de não existir nenhuma instituição bíblica para que comemoremos o nascimento do Senhor Jesus Cristo, não podemos negar o fato de o dia natalício do Menino Jesus foi completo por uma noite festiva providenciada pelo Pai. Tal festa não poderia ser mais magnífica do que homens e anjos louvando o Deus-Conosco, Emanuel.
E o anjo disse aos pastores: “Não temais; eis que vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos servirá de sinal: que encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura. E, subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo: Glória nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem” (Lucas 2.10-14).  E a festa continuou depois que os pastores encontraram Cristo e contaram tudo o que havia acontecido com eles. “Voltaram, então, os pastores glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes fora anunciado” (Lucas 2.20).
Apesar de não haver espaço para Maria dar à luz numa estalagem, o Pai providenciou um humilde coxo e de glória e de honra o encheu. Eis a excelência do natal e a resposta ao clamor de Asafe: faze resplandecer o teu rosto e seremos salvos (Salmo 80.3,7,19). O Senhor do Universo fez resplandecer a plenitude do seu ser num pequenino coxo. Deus de fato “escolheu as coisas humildes deste mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus” (1Co 1.28,29).
Este acontecimento certamente é um dia memorável e digno de honra. Não é a toa que a Palavra relata seus detalhes. Não importa se não se preservou na História o dia exato deste feito ou se os lideres romanos se utilizaram deste dia para substituir um culto pagão durante o período da cristianização do Império Romano. O importante é que destacamos um dia para lembrarmos e comemorarmos o nascimento do Menino Deus.
Não importa se os pagãos dos nossos dias cultuam os “noéis” que descem as suas   chaminés fictícias (no caso do Brasil) e se entregam ao consumismo exacerbado. Nós cristãos devemos utilizar essa data como um meio de comemorar Cristo no seu nascimento e nos alegrar sobremaneira nEle, assim como os pastores juntos ao exército de anjos fizeram. É um dia especial para que todos os crentes festejem e lembrem-se, que, pelos olhos da fé, nós vimos a salvação de Deus preparada por ele para todos os povos. É um dia para cantarmos como Simeão assim o fez (Lucas 2.29-32) ao oitavo dia do nascimento de Cristo e anunciarmos a Paz que somente possuem aqueles que amam o Salvador.
Mas para nós cristãos que essa data também sirva de renovação do nosso compromisso de proclamar ao mundo que temos paz com Deus e que seus inimigos podem gozar desta paz quando reconciliados por meio do Salvador, Jesus Cristo. “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 5.1).
Cristãos não deixem no escanteio esta tão maravilhosa festa. Antes festejemos com alegria e mostremos ao mundo a verdadeira paz que só se encontra em Cristo.