Após ser comprado por 20 siclos de prata por uma caravana de mercantes midianitas (Gn 37.28). José foi levado para o Egito. No Egito, José foi comprado pelo capitão da guarda de faraó, um homem chamado Potifar (Gn 39.1).
José tinha todos os motivos para desiludir-se da vida e cair em angustia e depressão. Seus sonhos tinham sido momentaneamente frustrados, além disso, foi retirado das proximidades de seu pai e de sua mãe, que tanto o amavam, para uma outra terra; para uma outra cultura em que não se servia ao seu Deus. Como se não bastasse tanto sofrimento, quando as coisas pareciam dar certo na casa Potifar, e ele se tornara gerente sobre todos os bens de seu dono, foi José acusado falsamente de tentativa de estupro pela, mau intencionada, mulher de Potifar. Agora o cárcere estava acrescentado as dificuldades que o servo de Deus teria de enfrentar.
Mesmo assim, por onde passava, José prosperava, por que o SENHOR estava com ele (Gn 39.2). Tudo que ele fazia o SENHOR o fazia prosperar em suas mãos (Gn 39.9).
Muitas lições poderíamos destacar na vida deste homem de Deus e trazê-las para nossa vida.
Como crentes também estamos no Egito, vivendo em meio a uma cultura que segue o caminho oposto ao de Deus. Neste Egito nos deparamos com toda sorte de pecados que os homens sem Deus praticam, e muitas vezes os justos são injuriados e injustiçados. Nós habitamos em meio a todo tipo de pecados que os homens praticam. A inveja, a mentira, a cobiça, a prostituição, a idolatria estão por toda parte.
Deus não nos colocou num domo, onde somos impedidos de interagir com quem não professa a mesma fé que a nossa, pelo contrário, como José, nós também somos levados por Deus a ambientes e situações hostis e desconfortáveis para um Cristão. José não foi para o Egito por desejo seu, mas "ele foi levado", o próprio Deus conduziu sua vida em meio a adversidade e José foi luz em meio as trevas do Egito.
Como cristãos somos constrangidos por José, mas muito mais por Jesus Cristo. Mais do que José, o nosso Senhor deixou seu Pai nas alturas para passar pelas aflições do nosso Egito, onde foi injustiçado e morto. Entretanto ele venceu, mantendo-se integro, pois em tudo foi tentado, contudo não pecou (Hb 4.15). E com a sua luz, podemos nos manter justos e puros em meio a este mundo tenebroso. A densas trevas de faraó não podem conter a luz de Cristo! Ele nos diz: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida. (Jo 8.12)
Cristo não quer por enquanto que nós sejamos retirados desta terra estranha. Ainda não é o tempo do descanso. Agora é tempo de confiar no Deus que tem poder para nos livrar dos males desta vida. Ele nos livrará do mau até que nossos pés possam repousar em nosso lar eterno.
Certamente o Pai ouviu a oração do Filho: "Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal" (Jo 17.15).