segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

5 Orações Úteis



5 orações Úteis

por
Jon Bloom


    Aqui estão 5 D's que fazem parte das minhas orações diárias: Não importa o que aconteça, Senhor, conceda-me...

    1. DELEITE em ti como o maior tesouro do meu coração.

Deleita-te também no SENHOR, e te concederá os desejos do teu coração. (Salmo 37.4)

    2. DESEJO de te conhecer, estar contigo, e buscar o seu reino acima de tudo.

Deleita-te também no SENHOR, e te concederá os desejos do teu coração. (Salmo 37.4)

    3. DISCERNIMENTO que vem de uma mente renovada, que possa conhecer a tua vontade.
Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão de costume, têm os sentido exercitados para discernir tanto o bem como o mal. (Hebreus 5.14)

    4. DISCIPLINA para programar o que discirno como tua vontade.
Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo; porquanto os dias são maus. (Efésios 5.15-16)

    5. DILIGÊNCIA para cumprir a tua vontade de todo o meu coração.
Amarás, pois o SENHOR teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças. (Deuteronômio 6.5)


Fonte: http://www.disiringgod.org/
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

Respondendo ao Edson - Adão e Eva eram Amorais?



Adão e Eva eram amorais?
Respondendo questionamentos feitos por Edson ao meu texto anterior intitulado: “Adão e Eva eram Seres Amorais?” 


    Primeiro necessitamos esclarecer o que é o termo "amoral". Segundo o dicionário Priberam da língua portuguesa, amoral é: 1. que não é conforme nem contrário à moral. 2. que não tem senso moral; que ou quem não tem princípios ou obrigações morais.


    Dessa forma, pela própria descrição de um ser amoral podemos excluir Adão e Eva desta propriedade, tendo em vista, que Adão e Eva estavam conformados à moral estabelecida por Deus para eles na criação, sendo eles, imagem e semelhança de Deus. Além disso, o primeiro casal não eram moralmente neutro, de modo que Deus lhes deu um princípio e uma obrigação moral para que observassem, dizendo: “De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2.16-17).


    Na formação do homem, Deus estabelece uma lei e uma condenação caso ocorra a desobediência a sua lei. Toda lei tem em si implicações morais e só podem ser impostas sobre aqueles que têm atributos morais para obedecê-la.

    Um dos significados para a palavra “conhecimento” no hebraico, é também “discernimento”, dessa forma, o homem, posto no Éden, conhecia o bem e experimentava o bem continuamente, ele vivia num jardim de Prazeres, mas não podia contrastá-lo com o mal. Esse estado, no entanto, não torna o ser humano amoral, o homem era moralmente bom e santo, separado do mal e capacitado com os atributos necessários para fazer o bem continuamente. 


    Edson também levanta o seguinte questionamento: “O homem não possuía a mente de Deus”. Nisso eu concordo com Edson, mas em nenhum momento afirmo que o homem possui ou possuiu a mente de Deus, pelo contrário sigo com a pergunta retórica do apóstolo Paulo, “quem conheceu a mente do Senhor?”. O homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, mas isso não significa que ele possuía a mente de Deus. O próprio criador, claro, sabe disso, por isso mesmo lhes impõe limites ao homem: “não como da árvore do conhecimento do bem e do mal”. Tal conhecimento provoca destruição no homem, pois não somos como o Criador em todos os aspectos, Deus possui o atributo da onisciência que o faz conhecer todas as coisas inclusive o mal sem que Ele experimente o mal deixando de ser Santo. Assim, quando em Gênesis 3.22, Deus diz, “Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal…” não é que o homem tenha se tornado exatamente igual a Deus, ou possuidor de uma mente igual a de Deus, Crisóstomo, Agostinho e Calvino, chegam a dizer que o Senhor estava tratando o homem com ironia, como se estivesse dizendo, "veja no que você se tornou ao cobiçar ser como um de nós". Isso faz sentido, porque ainda que conheçamos agora o bem e o mal, não conhecemos totalmente o bem, nem totalmente o mal, pois não somos oniscientes, e, portanto não somos iguais conhecedores do bem e do mal, no mesmo sentido em que Deus o é.

    O castigo em comum daquele casal condiz com a sua cobiça, primeiro Deus retira o acesso a árvore da vida, como se dissesse, “Vocês não são deuses? Devem ter condições autônomas para manter suas próprias vidas independentes”, Deus em seguida lhes expulsa do Éden, como se dissesse, “Vocês não são deuses? Devem ter agora condições suficientes de encontrar plena satisfação em si mesmos”.  (ver Gênesis 3.22-24) O que percebemos na história da humanidade é uma intensa busca por vida longa e prazeres que sempre culminam na morte, porque não somos de fato como Deus. O homem não pode conhecer o mal sem experimentar seus efeitos devastadores sobre si.


    Sobre outro questionamento de Edson, quanto ao texto de Gênesis 3.1, ele afirma que a serpente estava fazendo apenas uma pergunta, quando eu havia afirmado que ela estava contando uma primeira mentira, ao dizer: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do Jardim?”. Diante disso eu continuo afirmando que era uma mentira, pois a pergunta tinha a astuciosa intenção de conduzir a mulher ao erro quando inclui a árvore proibida junto a todas as árvores do jardim. 


    Edson também afirma que a serpente não sabia da punição que homem e mulher sofreriam, e afirma que a serpente, por causa disso, não estava mentindo, quando diz para Eva, em Gn 3.4: É certo que não morrereis”. Mas se a serpente não sabia, como podia ter certeza para afirmar tal coisa e atribuir mentira ao Criador? Não há dúvidas, portanto, que a Serpente estava mentindo.


    Ele (Edson) também diz que, se a serpente estava mentindo em Gn 3.4 isso coloca os cristãos numa cilada pois revela “planos maléficos” de Deus para com o homem, ele afirma: “...se você continuar nessa de que foi uma mentira, você terá que obrigatoriamente assumir que a serpente sabia das intenções maléficas de seu Deus para com o casal, tirar-lhes o direito da árvore da vida que existia no jardim…”. Sinceramente não vejo essa obrigatoriedade, Deus estava sim provando o homem, mas a sua lei e advertência são para a vida, assim a obediência do homem ao seu Criador o manteria vivo. Satanás, claramente sabia que  a desobediência do casal os conduziria para a morte, isso em nada revela intenções maléficas do criador, pelo contrário revela as intenções demoníacas da serpente.


    Quando eu digo que Eva cobiçou o poder de ser igual a Deus, ao cair na tentação da última mentira do Diabo e comer do fruto (Gênesis 3.5),Edson faz a seguinte afirmação: “...sua atitude se compara a condenar uma menina inocente de cair na lábia de um pedófilo…”. Quanto a isso acho a comparação do Edson muito infeliz, primeiro porque Deus criou Adão e Eva como homem e mulher, aptos para responder pelos seus atos, e não com uma mentalidade infantil. Segundo, tanto Eva quanto Adão, não eram inocentes no sentido de ingenuidade que muitas vezes se atribui a uma criança de tenra idade, eles eram inocentes no sentido de que eles eram puros e isentos, apenas antes do pecado. Adão e Eva pecaram, não por ingenuidade, mas por rebeldia, pois sabiam claramente a vontade de Deus e tinham capacidade de confrontar o engano da serpente. O primeiro casal permaneceria inocente apenas se não soubessem a lei de Deus que os havia instruído, dizendo: “...da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”


    Adão e Eva, não eram ingênuos ou amorais, pelo contrário eram dotado de bondade e capacitados com excelentes ferramentas dadas por Deus para fazer o bem. O primeiro casal não pecou por ingenuidade, mas por rebelião, cobiçando o ser igual a Deus. Nessa cobiça, acabaram perdendo o que tinham de melhor em suas capacidades e bens dados por Deus, como consequência do pecado, também receberam enxerto do mal em suas vidas e por fim a morte.