terça-feira, 5 de julho de 2022

A Blasfêmia Contra o Espírito Santo

A Blasfêmia Contra o Espírito Santo

    Entre todos os pecados que se pode cometer, a blasfêmea contra o Espírito Santo é o único pecado relatado na Escritura, do qual é dito que nunca haverá perdão, nem nesta era nem na que há de vir.

    Em Mateus 12.30-32 está escrito: "Quem não é por mim é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha. Por isso, vos declaro: todo pecado e blasfêmea serão perdoados aos homens; mas a blasfêmea contra o Espírito não será perdoada. Se alguém proferir alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á isso perdoado; mas se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste mundo nem no povir".

    Na passagem acima Jesus estava sendo confrontado pelos fariseus e escribas. Marcos e Mateus revelam que o motivo de Cristo ter revelado esta verdade foi porque os farizeus e escribas, diante dos milagres de Jesus e ao ouvirem a multidão admirada dizer, "É este, porventura, o Filho de Davi?"(Mt 12.23) eles afirmaram o contrário do que estava diante dos seus olhos dizendo que Jesus estava possesso de um espírito imundo (Mc 3.30).

Confira também:

Mateus 12.24 - "Mas os fariseus, ouvindo isto, murmuravam: Este não expele demônios senão pelo poder de Belzebu, maioral dos demônios."

Marcos 3.22 - "Os escribas, que haviam descido de Jerusalém, diziam: Ele está possesso de Belzebu. E: É pelo maioral dos demônios que expele os demônios."

Lucas 11.15 - "Mas alguns dentre eles diziam: Ora, ele expele os demônios pelo poder de Belzebu, o maioral dos demônios."

    Queremos deixar claro que embora haja uma distinção no texto entre a blasfêmia contra o Filho do homem e a blasfêmia contra o Espírito, isso não quer dizer que o Filho é menor ou menos importante que o Espírito Santo. "Ao contrário, no contexto do argumento mais abrangente, o primeiro pecado é a rejeição do evangelho (ao qual pode haver arrependimento e perdão), ao passo que o segundo pecado é a rejeição da mesma verdade do evangelho com plena consciência daquilo que se está rejeitando - ponderada, voluntária e conscientemente rejeitando a obra do Espírito mesmo que não haja outra explicação para as expulsões de demônios realizadas por Jesus" (CARSON, p 346). Além disso, o pecado de blasfêmia contra o Espírito também é pecado contra o Filho, tendo em vista que ao blasfemar contra o Espírito o indivíduo também atribui mentira às palavras e obras de Cristo dizendo que tais palavras e obras, não são pelo poder de Deus, mas pelo poder do demônio. 

    O testemunho do Novo Testamento demonstra que o pecado contra o Espírito Santo é o pecado da permanente incredulidade, bem como o pecado da apostasia. 

Veja o que diz a carta aos Hebreus 6. 4-6: "É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para arrependimento, visto que, de novo estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus e expondo-o à ignomínia."

    Portanto, se você, que leu este artigo, está buscando a Deus, demonstra arrependimento, e roga pelo perdão de Cristo confessando os seus pecados, estas coisas demostram que você não blasfemou contra o Espírito Santo e que deve continuar crescendo na graça de nosso Senhor.

    Termino este artigo nas palavras de D. A. Carson: "O Novo Testamento revela quão perto o indivíduo pode chegar do reino - saboreando, tocando, percebendo e entendendo. E ele também mostra que é imperdoável alcançar tanto e rejeitar a verdade. É o mesmo nessa passagem. Jesus acusa que aqueles que percebem que seu ministério é capacitado pelo Espírito e, depois, por qualquer motivo (rancor, ciúme ou arrogância) atribui-o a Satanás, tornaram-se inaceitáveis. Para eles não há perdão, e esse é o veredicto daquele que tem autoridade para perdoar pecados".

E daí, se Jesus morreu por nós?


 E daí, se Jesus morreu por nós?

    Essa é a pergunta de um ateu proselitista, ou um "pregador ateu" da internet. De fato, a sua sugestão no vídeo é coerente com a insensatez que ele prega. Para um ateu, Jesus Cristo não é tudo que a Bíblia afirma. A Bíblia, portanto, é mentirosa, para ele. Na ótica de um ateu, Jesus foi apenas um homem que passou e morreu como qualquer outro, ou mesmo que nem existiu, é apenas uma lenda. Esse é o ponto de vista que um ateu tem por realidade a respeito de Jesus: foi só mais um personagem da história ou de uma fantasia criada para responder perguntas das quais, hoje, já obtivemos as respostas, atualmente, portanto sua morte, se ocorreu, não importa; não tem significância. 

    Para nós cristãos, a morte e a ressurreição de Cristo representa pontos centrais da nossa fé. Se não crermos que Jesus morreu e que tembém ressucitou não seremos salvos. O apostolo Paulo afirma: "Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressucitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras" (1 Coríntios 15.3,4).

    Cristo morreu pelos nossos pecados! Jesus Cristo é, portanto a oferta oferecida a Deus como pagamento pelos nossos pecados. Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Ele foi entregue pelo próprio Pai, por amor de nós, para que pudessémos ser salvos, "porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3.16). Para o Cristão a morte e a ressurreição de Jesus Cristo são absolutamente necessárias. A morte satisfaz a justiça do Pai, a ressurreição anuncia sua vitória sobre a morte. Na morte e ressurreição de Jesus os grilhões da morte são quebrados e abertos os portões da Vida.

    Mas o ateu diz: "E daí, se Jesus morreu por nós?". A descrença e zombaria do ateu são tolice. Seu olhar materialista cogita apenas nas coisas do mundo, no entanto o seu coração permanece inquieto. Não há paz na vida do ateu, pois a lei de Deus está gravada no coração de todo homem, e essa lei declara todo homem culpado perante o Senhor, de modo que, se alguém nega o Criador, não é capaz apenas de viver, simplesmente como se realmente não existisse um Deus. Faz-se necessário na vida de um ateu viver na constante negação de seu Criador. O grande dilema do ateísta não que ele não acredita em Deus, mas que ele O odeia. Não existe paz na vida do ateu, porque ele odeia o Principe da Paz e dedica sua vida a constante afirmação desse ódio.

    O Cristão, ao contrário do ateu, encontra em Cristo verdadeira paz! A lei de Deus também está no seu coração, e quando somos acusados por ela, nós reconhecemos com um, "Eu pequei! Miserável homem que sou!". Nós, crentes,  nos prostramos diante do Cordeiro que foi morto pelos nossos pecados e o seu sangue nos lava e purifica de todo pecado. Há paz na vida do crente! Os cristãos portanto anunciam as boas novas, o Evangelho que traz paz com Deus a todo que crê. 

    Diante da morte, ao ateu, só lhe resta o dezespero, mas ao Cristão, a morte é a entrada para a vida eterna, pois o Cordeiro que morreu, venceu a morte e ressuscitou, assim o crente poderá dizer para a morte: "Tragada foi a morte pela vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Graças a Deus que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo" (1 Coríntios 15.54-57).

E daí se almas tolas não acreditam que Jesus morreu por nós? Nós temos a certeza! Nosso Cordeiro venceu, vamos segui-lo!