Em
nossos dias é crescente o número de cristãos que rejeitam as festividades
natalinas talvez por temor de estarem descumprindo algum preceito das Escrituras,
ou porque dizem por aí que nos dias de Roma era uma festa pagã ao deus sol, ou
ainda porque Cristo não nasceu no dia 25 de dezembro propriamente dito. No
entanto, apesar de não existir nenhuma instituição bíblica para que comemoremos
o nascimento do Senhor Jesus Cristo, não podemos negar o fato de o dia
natalício do Menino Jesus foi completo por uma noite festiva providenciada pelo Pai. Tal
festa não poderia ser mais magnífica do que homens e anjos louvando o
Deus-Conosco, Emanuel.
E o
anjo disse aos pastores: “Não temais; eis
que vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que
hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto
vos servirá de sinal: que encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada
em manjedoura. E, subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia
celestial, louvando a Deus e dizendo: Glória nas maiores alturas, e paz na
terra entre os homens, a quem ele quer bem” (Lucas 2.10-14). E a festa continuou depois que os pastores
encontraram Cristo e contaram tudo o que havia acontecido com eles. “Voltaram, então, os pastores glorificando e louvando a Deus por tudo o
que tinham ouvido e visto, como lhes fora anunciado” (Lucas 2.20).
Apesar
de não haver espaço para Maria dar à luz numa estalagem, o Pai providenciou um
humilde coxo e de glória e de honra o encheu. Eis a excelência do natal e a
resposta ao clamor de Asafe: faze resplandecer
o teu rosto e seremos salvos (Salmo 80.3,7,19). O Senhor do Universo fez
resplandecer a plenitude do seu ser num pequenino coxo. Deus de fato “escolheu as coisas humildes deste mundo, e
as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são; a fim de
que ninguém se vanglorie na presença de Deus” (1Co 1.28,29).
Este
acontecimento certamente é um dia memorável e digno de honra. Não é a toa que a
Palavra relata seus detalhes. Não importa se não se preservou na História o dia
exato deste feito ou se os lideres romanos se utilizaram deste dia para
substituir um culto pagão durante o período da cristianização do Império Romano. O
importante é que destacamos um dia para lembrarmos e comemorarmos o nascimento do
Menino Deus.
Não
importa se os pagãos dos nossos dias cultuam os “noéis” que descem as suas chaminés fictícias (no caso do Brasil) e se entregam ao consumismo exacerbado. Nós cristãos devemos utilizar
essa data como um meio de comemorar Cristo no seu nascimento e nos alegrar
sobremaneira nEle, assim como os pastores juntos ao exército de anjos fizeram. É
um dia especial para que todos os crentes festejem e lembrem-se, que, pelos olhos
da fé, nós vimos a salvação de Deus preparada por ele para todos os povos. É um
dia para cantarmos como Simeão assim o fez (Lucas 2.29-32) ao oitavo dia do
nascimento de Cristo e anunciarmos a Paz que somente possuem aqueles que amam o
Salvador.
Mas para
nós cristãos que essa data também sirva de renovação do nosso compromisso de proclamar
ao mundo que temos paz com Deus e que seus inimigos podem gozar desta paz quando
reconciliados por meio do Salvador, Jesus Cristo. “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de
nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 5.1).
Cristãos
não deixem no escanteio esta tão maravilhosa festa. Antes festejemos com
alegria e mostremos ao mundo a verdadeira paz que só se encontra em Cristo.
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