Hipócrita é a qualidade daquele
que assume temporariamente um papel ou uma personagem que não condiz com o seu caráter
e personalidade. Em outras palavras, o hipócrita é um verdadeiro ator que
possui uma máscara a fim de impedir que os outros vejam quem de fato ele é.
Judá o quarto filho de Jacó
também vestiu uma máscara para encobri o seu pecado. A Bíblia nos mostra de
maneira clara sua hipocrisia. Em Gênesis 38 é narrada a história do relacionamento
de Judá com sua nora Tamar. Aconteceu que Tamar, após a morte de seu marido foi
enviada para casa de seu pai para ali permanecer na sua viuvez até que o filho
mais novo de Judá se tornasse adulto para casar-se com ela e cumprir a lei do
levirato. Tamar, temendo que tal lei não fosse cumprida, se disfarçou de
prostituta e se pôs no caminho que Judá passaria. Judá se relacionou
sexualmente com Tamar (sem saber que era a sua nora) e deu por garantia de
pagamento seu selo, seu cordão e seu cajado. Tais objetos identificavam facilmente
o seu dono. Tamar, entretanto, voltou a casa de seu pai e se pôs novamente em
sua viuvez. Judá, porém, tentou fazer o pagamento a prostituta, contudo não
mais a encontrou, e temendo que descobrissem o seu adultério, afirmou: “Que
ela guarde para si, para que não nos tornemos em opróbio” (Gn 38.23).
Passados três meses, Tamar foi descoberta grávida e acusada de adultério, e foi aí que o ponto
alto da hipocrisia de Judá apareceu. Judá se pôs no lugar de Juiz e anunciou
sua sentença: “Tirai-a para fora para ser queimada” (Gn 38.24). Mas Tamar, que
havia guardado os objetos de Judá, revelou a todos que o verdadeiro criminoso
era Judá mostrando-lhes os objetos que o identificavam. E aquele juiz mascarado
tornando-se imediatamente réu, afirmou: “Mais justa é ela do que eu, porquanto não a
dei a Selá, meu filho” (Gn 38. 26a).
Todo homem tem a sua medida
de hipocrisia. Todos nós cometemos pecados (Rm 3.23) e os encobrimos; nós
colocamos máscaras sobre máscaras em nossos rostos. E muitos de nós ousamos,
como Judá, nos tornar como juízes. Mas até quando? Até que sejamos
desmascarados. E ser desmascarado nesta
circunstância é o mesmo que ser envergonhado. Não podemos carregar nossas
máscaras para sempre, pois um dia estaremos frente a frente com o Pai, o Justo
Juiz. Um dia estaremos diante do grande trono branco, no qual o Cordeiro estará
assentado e julgara a todos.
Judá demonstrou
arrependimento pelo seu ato, “ele nunca
mais a possuiu”, diz a Palavra (Gn 38.26b). Assim também todo homem
necessita confessar o seu pecado ao Senhor e arrepender-se. E, como disse Martinho
Lutero, “Não voltar a fazer determinada coisa é a essência do verdadeiro
arrependimento”. Confessemos os nossos pecados a Deus e produzamos frutos
dignos de arrependimento, pois “se confessarmos os nossos pecados, ele é
fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”
(1 Jo 1.9). “Filhinhos, agora, pois,
permanecei nele, para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança e dele
não nos afastemos envergonhados na sua vinda” (1 Jo 2.28).
O Culto Agradável a Deus
Quem pode te livrar da maldição?
Guilherme Barros
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Muito Bom!
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