quinta-feira, 9 de abril de 2020

A Paixão de Cristo: A Crucificação



ESTE É O REI DOS JUDEUS.
(Lucas 23.38) 

    Depois da agonia mental seguiu-se à somar o tormento físico. Jesus Cristo, nosso Senhor, haveria de ser moído em todos os aspectos por causa das nossa iniqüidades, como Isaías 700 anos antes havia profetizado (Isaías 53.5).

    Jesus estava agora nas mãos dos pecadores, dos sacerdotes  e do poder das trevas (Lucas 22.53). Após o Getsêmani, traição, abandono, ultraje, injustiça, escárnio, morte e trevas marcam o trajeto até a crucificação.

    O Cordeiro solitário agora segue para o holocausto. Cristo deveria completar a obra que ele havia iniciado. Nem mesmo o destemido Pedro que afirmara, "estou pronto para ir contigo para a prisão e para a morte" (Lucas 22.33), poderia ajudá-lo. Jesus, a quem tantas multidões o seguia, viu-se só. Mesmo Pedro, o discípulo valente, agora o negara por três vezes (Lc 22.61). O Senhor fora abandonado!

    A caminho do sinédrio zombaram, bateram e blasfemaram. E pela manhã, no sinédrio, interrogaram-no e o condenaram. Levando eles a Jesus perante Pilatos levantaram falsas acusações. Mas Pilatos não acho nele culpa alguma (Lc 23.4). Em seguida o Messias foi posto diante de Herodes, e, sendo interrogado, Jesus nada respondia, por isso Herodes o desprezou, zombou dele e o vestiu com uma roupa nobre e mandou que levassem o Mestre de volta para Pilatos (Lc 23.8-11). Por três vezes Pilatos anunciou a inocência de Cristo, e nem mesmo Herodes o condenou. Mesmo assim, Pilatos, sedendo ao desejo do povo, liberta Barrabás, o rebelde e homicida em lugar do Príncipe da Paz. O Senhor fora injustiçado!

    Mas na injustiça dos homens, a lei, os profetas e a justiça do Pai estava sendo satisfeita! "Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca" (Isaías 53:7). Sendo posto na cruz, repartiram e sortearam suas vestes como profetizou o salmista: "Repartem entre si as minhas vestes, e lançam sortes sobre a minha roupa" (Salmo 22.18). A maldade dos homens e o poder das trevas não podem frustrar os desígnios de amor do Pai. E mesmo quando o próprio Pai desamparou seu Filho (Mt 15.34), os pecadores e o poder das trevas a quem o Filho fora entregue, não puderam impedir que o Cristo continuasse a obedecer seu Pai. Com as forças que lhe restavam nesta terrível batalha, o nosso Senhor Jesus Cristo bradou em alta voz o grito da vitória: "Está consumado!" (João 19.30).

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