quarta-feira, 8 de abril de 2020

A Paixão de Cristo: O Getsêmani em Agonia



"E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra." (Lucas 22.44)

    No monte das Oliveiras, lá estava o nosso Senhor a clamar: "Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua" (Lucas 22.42). Jesus sabia todo o mau que estava por vir, ele sabia que estava a instantes de ser levado ao matadouro e estava em agonia, que aqui significa "uma pressão sentida, isto é, experimentada de uma maneira intensamente pessoal"[1] (expressão usada somente em Lc 22.44). Tal era a gravidade do seu estado que "o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra".

    Quanto mais era a sua angustia, mais intensamente o Senhor Jesus orava ao Pai. Cristo sabia o quão fraca é a carne e assim repreendeu seus discípulos dizendo: "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação. O espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca" (Marcos 14.38). No Getsêmani Jesus lançou sobre o Pai todo o seu medo; toda a sua ansiedade, e fez isto orando intensamente.

    Ao ir ao encontro dos discípulos pela terceira vez, Jesus, não demonstra medo. A sua carne foi, pela oração, conformada para receber todo o sofrimento que viria; moldada para executar a vontade do Pai. A oração foi sua armadura para lutar e vencer os principados e as potestades. Assim Cristo exclama aos apóstolos: "Basta! É chegada a hora. O Filho do homem vai ser entregue nas mãos dos pecadores. Levantai-vos e vamos! Aí vem meu traidor!" (Marcos 14.41,42).

   Assim o Senhor preparou-se para a batalha que não conseguiríamos vencer e para beber o cálice da ira de Deus que estava destinado a nós.

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