Sargão II o Rei perdido da Assíria - Isaías 20
Durante muito tempo na história da humanidade está referencia bíblica foi a única referência literária do rei Sargão. Nenhum historiador secular havia feito menção de um monarca assírio com esse nome.
Somente em 1843, quando os cônsules da França em Mossoul, no Iraque, Paul-Emile Botta e Victor Place, foram despertados pelo desejo arqueológico, foi que o mistério do rei Assírio perdido, se desfez.
CORSABADE
Eles descobriram Corsabade, a capital Assíria do Rei Sargão. A magnífica capital está situada 16 Km ao norte de Nínive. As escavações começaram em 1842, sob a direção de Botta. Ele encontrou a cidade de 300 ha, disposta na forma de quadrado fortificado de 1600 m de largura, com sete portas e um palácio com área de 10 ha que se elevava a 14 m sobre as demais construções que o rodeavam. As paredes do palácio foram construídas com pedras quadradas cuja espessura variava de 3 a 5 metros. Em determinado lugar chegava a 8 metros de espessura.No palácio havia um amplo centro doméstico, um luxuoso harém, três magníficos templos e o elevado zigurate. Dentro do palácio, havia grandes salões de recepção profusamente adornados com inscrições, esculturas e baixos-relevos que representavam deuses, reis, cenas de batalhas e cerimônias religiosas.
Muitas das paredes estavam, em grande parte, adornadas por touros alados detalhadamente decorados e belamente fundidos ou lavrados em bronze. As entradas principais estavam flanqueadas por magníficos e impressionantes touros alados com cabeças humanas, cujo peso variava entre dez e trinta toneladas cada um. Além destes adornos, haviam inúmeros afrescos, arabescos e estátuas de mármore.
Os pátios eram calçados com lajes multicoloridas e pedras de mármore. As lajes de três exuberantes salões do palácio mostravam em detalhes o relato dos 15 anos de reinado do poderoso monarca. Victor Place, que assumiu as escavações em 1851, e seus trabalhadores árabes descobriram 14 barris cilíndricos contendo registros históricos em excelente estado de conservação, além de muitos outros achados importantíssimos, dentre eles os touros com rostos humanos que ele entregou como permuta a Rawlinson, e hoje estão na entrada da galeria assíria do Museu Britânico.
QUEM FOI SARGÃO II?
Quem foi esse Sargão, afinal, até então desconhecido e encoberto pelo tempo, cuja única pista que se tinha dele era o texto bíblico de Isaías 20.1?
Alguns eruditos, porém, fora do campo da fé na realidade histórica da Bíblia, haviam afirmado que jamais existiria um rei assírio com esse nome. No entanto, nas crônicas de Sargão II talhadas nas paredes de seu palácio, estava a versão autorizada do ataque final e captura de Samaria e da deportação de seus habitantes:
“No primeiro ano de meu reinado [...] sitiei e capturei a cidade de Samaria. Levei cativas de seu meio 27.290 pessoas. Tomei cinquenta carros de guerra que foram somados à minha força real [...] Regressei e fiz mais do que anteriormente havia feito para a residência deles. Nomeei meus funcionários governadores sobre eles. Impus sobre eles tributo e impostos à maneira assíria."
Mais adiante, ainda em suas crônicas, Sargão ajuda a explicar a passagem de Isaías 20, que descreve a tomada de Asdode:
“Azuri, rei de Asdode, também planejou em seu coração não pagar impostos, e entre os reis seus vizinhos espalhou o ódio contra a Assíria. Devido ao mal que ele havia feito, cortei seu domínio sobre o povo do seu país. Na ira de meu coração, não passei em revista o grosso do meu exército. Não reuni todo o meu acampamento. Apenas com minha guarda pessoal de hábito, marchei contra Asdode. Eu a sitiei e conquistei. Tomei como despojo seus deuses, sua esposa, seus filhos, suas filhas, suas propriedades, os tesouros de seu palácio, e o povo de seu país".
Ainda há muitos locais e personagens bíblicos que para história secular, são uma incógnita. E muitos ainda duvidam da veracidade da historicidade dos relatos da Escritura. Mas, vez após vez são colocados em vexame aqueles que negam a palavra de Deus.
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