segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Fraqueza 3: A Vida é Simples Demais #SQN


 TOP 10 Fraquezas Sérias da Teoria da Evolução
Fraqueza 3: A Vida é Simples Demais

Mutações Aleatórias Gradativas Não Conseguem Produzir a Informação Genética Necessária Para a Complexidade Irredutível

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    De acordo com os biólogos evolucionistas, depois que a vida começou, a evolução darwiniana assumiu o posto e eventualmente teria produzido a grande diversidade de vida que observamos hoje. De acordo com o ponto de vista tradicional, os processos de mutação aleatória e seleção natural formaram a grande complexidade de vida através de pequenos passos mutacionais por vez. Todas as características complexas da vida, é claro, são entendidas como estando codificadas no DNA dos organismos vivos. A construção de novas características, portanto, requer a geração de novas informações no código genético. Mas será que essas informações necessárias podem ser produzidas nesse processo, passo-a-passo e sem controle, exigido pela teoria de Darwin?

    Quase todos concordam que a evolução darwiniana tende a funcionar bem quando cada pequeno passo ao longo de um caminho evolutivo oferece alguma vantagem evolutiva para a sobrevivência. Michael Behe, critico de Darwin, observa que "se só uma mutação é necessária para conferir alguma habilidade então a evolução darwiniana tem pouco problema para encontrá-la". No entanto, quando múltiplas habilidades devem estar presentes simultaneamente para haver ganho de vantagem funcional, a evolução darwiniana fica emperrada. como Behe explica: "Se mais de uma mutação é necessária, a chance de obter todas as mutações corretas fica exponencialmente pequena".

    Behe, professor de bioquímica da Lehigh University, cunhou o termo "complexidade irredutível" para descrever sistemas que requerem muitas partes  - e por isso, muitas mutações que precisam estar presentes de uma só vez - antes de fornecer qualquer vantagem de sobrevivência para o organismo. De acordo com Behe, tais sistemas não podem evoluir no processo gradual passo-a-passo exigido pela evolução darwiniana. Como resultado, ele afirma a mutação aleatória e seleção natural sem controle não podem gerar a informação genética necessária para produzir estruturas com complexidade irredutível. Muitas mutações simultâneas seriam necessárias - um evento que é bem improvável de acontecer.  

    A observação desse problema não se limita aos que criticam Darwin. Um artigo biólogo evolucionista proeminente no periódico Proceedings of the U.S. National Academy of Science reconhece: "o surgimento simultâneo de todos os componentes de um sistema não é admissível". Da mesma forma, o biólogo evolucionista da University of Chicago Jerry Coyne - um defensor fiel do darwinismo - admite que "a seleção natural não pode construir uma característica em que passos intermediários não confiram um benefício total ao organismo". Até o próprio Darwin reconheceu esse problema intuitivamente, como ele escreveu em A Origem das Espécies:

"Se pudesse ser demonstrado que existiu algum órgão complexo, que não poderia ter sido formado por numerosas, sucessivas e ligeiras modificações, minha teoria seria totalmente invalidada."

    Os cientistas evolucionistas, como Darwin e Coyne, afirmam que não conhecem algum caso real em que a seleção darwiniana fica emperrada dessa maneira. Mas eles concordam, ao menos em princípio, que existem limites teóricos do que a evolução darwiniana possa realizar: se uma característica não puder ser formada por "numerosas, sucessivas e ligeiras modificações", e se "as etapas intermediárias não conferirem um benefício total para o organismo", então a evolução darwiniana estará totalmente invalidada.

   O problemas são reais. a biologia moderna continua descobrindo mais e mais exemplos de que a complexidade biológica parece ultrapassar a capacidade geradora de informação da evolução darwiniana.

Máquinas Moleculares

    Em seu livro A Caixa preta de Darwin, Michael Behe discorre sobre máquinas moleculares que precisam de múltiplas partes pré-existentes, para que possam funcionar e oferecer e oferecer alguma vantagem ao organismo. O exemplo mais famoso de Behe é flagelo bacteriano - um motor rotativo micromolecular, funcionando como um motor de popa na bactéria para impulsioná-la melo meio líquido para encontrar comida. Sobre isso, os flagelos tem um projeto básico que é muito semelhante a alguns motores feitos por seres humanos e que contém muitas peças que são familiares para os engenheiros, incluindo rotor, estator, junta universal, hélice, freio e embreagem. Como um biólogo escreveu na revista Cell, "assim como outros motores o flagelo se assemelha a uma máquina projetada por um ser humano". No entanto a eficiência energética dessas máquinas supera qualquer coisa produzida por seres humanos: o mesmo artigo constatou que a eficiência do flagelo bacteriano "poderia ser próxima de 100%".

    Existem vários tipos de flagelos, mas todos usam certos tipos de componentes básicos. Um artigo na Nature Reviews Microbiology reconhece, "todos os flagelos bacterianos compartilham um conjuntos essencial de proteínas", já que "três dispositivos  dispositivos modulares moleculares estão no cerne do flagelo bacteriano: o rotor-estator que energiza a rotação flagelar, o aparato quimiotáxico que gerencia as mudanças de direção do movimento, e do Sisteme de Excreção Tipo 3 (T3SS) que gerencia a exportação dos componentes axiais do flagelo". Como isso pode sugerir, o flagelo é irredutivelmente complexo. Experimentos genéticos mostram que ele não consegue se formar ou funcionar corretamente se qualquer dos seus 35 genes estivesse faltando. Neste jogo de tudo-ou-nada, as mutações, as mutações não conseguem produzir a complexidade necessária para formar um motor flagelar rotativo e funcional em pequenos passos incrementais, e as chances são muito remotas para que ele se montasse em um grande salto.

    No entanto, o flagelo é apenas um dos exemplos entre milhares de máquinas moleculares conhecidas na biologia. Um único projeto de pesquisa relatou a descoberta de mais de 250 novas máquinas moleculares apenas no fungo de fermento. O ex-presidente da Academia Nacional de Ciências dos EUA (National Academy of Science, NAS), Bruce Alberts, escreveu um artigo na revista Cell elogiando a "velocidade", "elegância", "sofisticação" e a "atividade altamente organizada" dessas máquinas moleculares "notáveis" e "maravilhosas". Ele explicou o que o inspirou nessas palavras: "Por que nós chamamos de máquinas proteicas os grandes grupos de proteínas que estão por trás da função celular? Precisamente porque, como máquinas inventadas pelo homem para lidar de forma eficiente com o mundo macroscópico, estes grupos de proteínas contém peças móveis altamente coordenadas". Bioquímicos como Behe e outros acreditam que, com todas as suas peças coordenadas interagindo, muitas dessas máquinas não poderiam ter evoluido passo-a-passo ao modo darwiniano.

    Mas não só máquinas com várias peças que estão fora do alcance da evolução. Partes das próprias proteínas que constroem estas máquinas também exigiriam mutações simultâneas para surgirem. 



CONTINUA...



Fontes: 

Esta série de artigos é um resumo adaptado da série O Top Dez dos Problemas Científicos com a Biologia e a Química Evolutivaescrito pelo Dr. Casey Lunskin, PhD em Geologia pela Universidade de Johannesburg. O nosso artigo é uma adaptação da série do Dr. Lunskin que foi traduzida pelo site TDI Brasil. Visamos aqui tornar esta linguagem mais simples para o público que não está acostumado com a linguagem científica.

Michael Behe, “Is There an ‘Edge’ to Evolution?”

Ibid.

Michael Lynch, “Evolutionary layering and the limits to cellular perfection”, Proceedings of the U.S. National Academy of Sciences

Jerry Coyne, “The Great Mutator (Review of The Edge of Evolution, de Michael Behe)”, The New Republic, pp. 38-44, 39 (18/06/2007).

Charles Darwin, A Origem das Espécies (1859), capítulo 6

David J. DeRosier, “The turn of the screw: The bacterial flagellar motor”, Cell, 93: 17-20 (1998).

Ibid.

Mark Pallen e Nicholas Matzke, “From The Origin of Species to the Origin of Bacterial Flagella”, Nature Reviews Microbiology, 4:788 (2006).

Esses experimentos foram feitos em flagelos de E. coli e de S. typhimurium. Veja o transcrito do testemunho de Scott Minnich, pp. 103-112, Kitzmiller et al. v. Dover Area School Board, No. 4:04-CV-2688 (M.D. Pa., Nov. 3, 2005). Outros estudos experimentais identificaram mais de 30 proteínas necessárias para formar flagelos. Veja Tabela 1 em Robert M. Macnab, “Flagella”, em Escheria Coli and Salmonella Typhimurium: Cellular and Molecular Biology Vol 1, pp. 73-74, Frederick C. Neidhart, John L. Ingraham, K. Brooks Low, Boris Magasanik, Moselio Schaechter, and H. Edwin Umbarger, eds., (Washington D.C.: American Society for Microbiology, 1987).

Mark Pallen e Nicholas Matzke, “From The Origin of Species to the Origin of Bacterial Flagella”, Nature Reviews Microbiology, 4:788 (2006).

“The Closest Look Ever at the Cell’s Machines”, ScienceDaily.com (24/01/2006)

Bruce Alberts, “The Cell as a Collection of Protein Machines: Preparing the Next Generation of Molecular Biologists”, Cell, 92:291 (06/02/1998).

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